Foto: Agecom Bahia |
Casos e mortes por tuberculose crescem progressivamente desde 2020, na Região de Saúde do Cariri, que engloba todos os 29 municípios caririenses e outros 16 do Centro-Sul. A macrorregião representa 8% do total de 2.354 casos e 11% das 151 mortes registradas de janeiro até agosto de 2024, em todo o Ceará.
Considerando apenas as 29 cidades do Cariri, a região registrou, este ano, 177 novos casos e 17 óbitos. Cinco pessoas ficaram curadas da doença. O triângulo Crajubar lidera em quantidade de pacientes: Juazeiro do Norte soma 60 casos em 2024, enquanto Crato e Barbalha registraram 35 e 24 casos, respectivamente.
As mortes em decorrência da tuberculose ocorreram em sete cidades: Juazeiro e Crato contabilizam cinco óbitos cada; duas pessoas morreram em Barbalha e outras duas Missão Velha; além de outros óbitos verificados em Brejo Santo, Mauriti e Potengi. Duas pessoas ficaram curadas da doença em Juazeiro e outras três em Barbalha, Brejo Santo e Barro.
No final do mês passado, o Ministério da Saúde promoveu uma capacitação, no Ceará, como uma das ações que têm a finalidade de erradicar a doença até 2030. A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Ceará, Ana Cabral, enfatiza a preocupação quanto aos chamados “municípios silenciosos”: aqueles que possivelmente têm registros da doença, mas não são detectados.
“É importante que haja uma intensificação da detecção da tuberculose no Estado, para que a gente possa verificar qual é realmente o cenário e a gente possa avançar nesse processo de eliminação da doença como problema de saúde pública”. Sete cidades do Cariri, que não notificaram a doença em 2024, podem estar nessa condição: Abaiara, Altaneira, Aurora, Granjeiro, Penaforte, Salitre e Tarrafas.
Autor: Jornal do Cariri
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