 |
O número de casos da doença no Ceará neste ano já ultrapassou a do ano de 2024-Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/SEARB/IEC |
Conforme um estudo publicado na revista científica The Lancet, que analisou dados de seis países da América Latina, incluindo o Brasil, os eventos climáticos são os principais responsáveis pelo aumento de casos de Febre Oropouche. No Ceará, foram registrados pelo menos 310 casos em 2025, como mostram dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), atualizados no dia 5 de abril. O número deste ano já ultrapassou o do ano de 2024, quando 255 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Os dados ainda indicam que os casos se concentram em Baturité, com 224 pacientes, o que representa 72% dos infectados. Os demais que contraíram a doença no Estado estão em Aratuba, com 81 casos, além de Fortaleza, Maracanaú, Capistrano, Mulungu e Quixadá, onde houve o registro de um caso em cada município.
Os pesquisadores apontam que existe o risco de a infecção evoluir de forma dinâmica nas próximas décadas, com potencial para surtos em grande escala. No Brasil, a Febre Oropouche foi considerada endêmica da Região Amazônica, com casos isolados em outras regiões do país. Desde 2023, quando houve 833 infecções confirmadas, os diagnósticos da doença vêm crescendo. No ano seguinte, houve um salto para 13.721 casos da doença, com pelo menos quatro mortes. Atualmente, existe o registro de 7.756 infectados e uma morte em investigação, como indicou o Ministério da Saúde.