Foto: Wandenberg Belém |
A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) observou um aumento da positividade para Covid-19 de 15% para 30% nas últimas duas semanas, com 559 casos confirmados entre os dias 24 e 29 de novembro. Nesse cenário, a Pasta publicou, na última quarta-feira (27), uma nota técnica para estabelecimentos e profissionais de saúde recomendando a intensificação de medidas de proteção.
As novas infecções estão associadas à circulação de duas novas subvariantes do vírus identificadas no Estado, na últimas semanas. Os casos confirmados podem ser maiores, já que nem todos os pacientes realizam o exame para a doença, segundo observou ao Diário do Nordeste o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Silva Lima Neto.
O documento da Secretaria alerta que, apesar da flexibilização do uso de máscaras em equipamentos de saúde, “as medidas de prevenção não devem ser negligenciadas”. Ela ressalta que o serviço de saúde tem autonomia para definir recomendações mais restritivas, considerando-se a situação epidemiológica de cada região.
A recomendação é continuar monitorando a ocorrência de transmissão de Covid-19 nas instituições de saúde e estimular a implementação das medidas de prevenção. Veja as principais:
Uso de máscaras
Devem utilizar máscara cirúrgica:
Todos os profissionais de saúde em ambiente hospitalar e ambulatorial;
Profissionais de saúde que trabalham diretamente com idosos ou pessoas com comorbidades;
Todos os indivíduos do mesmo ambiente de pessoas que tiveram diagnóstico de Covid-19, independentemente de apresentarem sintomas;
Pessoas com sintomas gripais ou que tenham tido contato próximo;
Pessoas com diagnóstico de Covid-19, mesmo assintomáticas;
Pessoas com fatores de risco para complicações por doenças respiratórias, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.
Ficam dispensadas do uso crianças menores de dois anos ou pessoas que tenham dificuldade para respirar, que estejam inconscientes, incapacitadas ou que tenham dificuldade de remover a máscara sem ajuda.
O secretário executivo frisa a relevância do uso de máscaras para conter a transmissão da doença, principalmente entre quem apresenta sintomas gripais.
“O comunicado não é uma obrigatoriedade, mas uma recomendação de uso de máscaras dentro das unidades de saúde. O que deveria ser a recomendação cotidiana, sobretudo, para os pacientes que são sintomáticos respiratórios: que estão tossindo, espirrando e com quadro gripal”, completa Antonio.
Até o momento, porém, não parece haver diferença de sintomas entre as subvariantes. “A grande maioria tem sintomatologia leve, curso clássico com febre baixa ou sem febre, moleza, coriza, tosse, eventualmente dor de garganta. De fato, tem uma capacidade de transmissão relevante”, acrescenta.
Distanciamento físico
A limitação de contatos próximos é uma estratégia importante de proteção, ainda que os indivíduos estejam assintomáticos. A Sesa recomenda distância física mínima de, pelo menos, 1 metro de outras pessoas em locais públicos, o que reduz a chance de infecção.
Outra medida importante é garantir uma boa ventilação em ambientes fechados.
Proteção nos atendimentos
No atendimento ao paciente internado com Covid-19, as precauções de contato envolvem o uso de luvas e avental; contra gotículas, se requer o uso de máscara cirúrgica ou máscara de proteção respiratória e proteção ocular.
Em casos mais complexos, é necessário o uso de máscara N95 ou equivalente, além de outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, como avental impermeável, luvas e proteção ocular a fim de reduzir o risco de exposição a partículas virais suspensas no ar.
Deve-se também orientar os pacientes sintomáticos respiratórios a manter o uso de máscaras faciais enquanto estiverem no serviço de saúde.
Higienização dos espaços
Por fim, a Sesa sugere medidas amplamente divulgadas durante a pandemia, referente a cuidados básicos de higiene pessoal e dos espaços de uso:
Manter os ambientes ventilados (ar condicionado com exaustão ou janelas abertas);
Limpeza e desinfecção adequada dos ambientes (principalmente nas superfícies mais tocadas, como maçanetas, corrimões, botões dos elevadores, etc);
Automonitoramento dos sintomas;
Etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz com um lenço de papel ao tossir ou espirrar);
Higienização adequada das mãos com Álcool 70% (20-30 segundos) ou água e sabonete líquido (40-60 segundos) para pacientes/acompanhantes e profissionais de saúde.
Fonte: Diário do Nordeste
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