Brasília. Ex-tesoureiro da campanha à reeleição de Dilma Rousseff, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) afirmou, ontem, ter a confiança da presidente para continuar no cargo e disse que não se afastará do governo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter aberto inquérito contra ele e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no âmbito da Operação Lava-Jato.
"A presidente tem plena confiança em mim, porque ela me conhece", disse Edinho. "Quem contrata e demite é a presidente Dilma. Eu não tiro férias em momentos de dificuldades. Em momentos de dificuldade, eu trabalho mais", completou, após participar do desfile em celebração do 7 de Setembro, em Brasília.
Edinho e Mercadante foram apontados na delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, como beneficiários de recursos de corrupção na Petrobras. Para aprofundar as investigações, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de inquéritos, autorizado pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.
Edinho disse que encara a abertura de inquérito "com muita tranquilidade", de quem cumpriu a tarefa de arrecadador de campanha "seguindo princípios morais e éticos". Ele admitiu que conhece Pessoa e que "é impossível" que algum tesoureiro de campanha não tenha se relacionado com o empreiteiro, visto que ele era "um empresário de conhecimento nacional e um doador de campanha".
Outros ministros, como José Eduardo Cardozo (Justiça), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Jaques Wagner (Defesa), manifestaram confiança em Aloizio Mercadante e Edinho Silva.
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