terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dilma: Brasil está de 'braços abertos'

Brasília. A presidente Dilma Rousseff afirmou, ontem, que os refugiados em busca de abrigo na Europa vivem uma "situação chocante" e que o Brasil pode acolher essa população. "Mesmo em momentos de dificuldade, de crise, como os que estamos passando, teremos os nossos braços abertos para acolher os refugiados", declarou a presidente, em pronunciamento divulgado nas redes sociais para celebrar o 7 de Setembro.
Dilma disse que o mundo "enfrenta tragédias de natureza humanitária", e citou a imagem do corpo do menino Aylan Kurdi, de três anos, numa praia da Turquia. "Todos vocês viram aquele menininho sírio de três anos, morto porque não foi acolhido, morto porque foi abandonado, morto porque os países criaram barreiras para a entrada desse menino", disse.
"Aproveito o dia de hoje para reiterar a disposição do governo para receber aqueles que, expulsos de suas pátrias, para aqui queiram vir, viver, trabalhar e contribuir para a prosperidade e a paz do Brasil", acrescentou.
Regras para entrada
Até o fim deste mês, o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) deve prorrogar as regras que flexibilizam o ingresso de sírios no Brasil, uma das principais populações que migram atualmente em direção à Europa. Em 2013, dois anos após o início da guerra civil no país, o Conare aprovou facilidades para a vinda dos sírios, por "razões humanitárias".
Deixou de ser necessária, por exemplo, a apresentação de documentos que comprovem emprego fixo ou condições financeiras para permanecer no Brasil. A medida vence no dia 24 de setembro, mas o governo brasileiro quer estender a regra. Hoje, há 2.077 refugiados sírios no Brasil, o que corresponde a quase 25% do total de 8,4 mil refugiados em território nacional.
A próxima reunião do Conare, na qual o tema deve ser discutido, está marcada para o dia 21. "A situação é dramática e o Brasil não pode se furtar de ajudar como puder", disse o secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcelos. "O governo estuda renovar essa política garantindo a aplicação de seus compromissos internacionais", completou.

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