
Dois
dias após o anúncio da beatificação da Menina Benigna Cardoso, de Santana do
Cariri, a Diocese de Crato vibra, ainda mais, de júbilo e de gratidão ao Senhor
da Messe.
Sob
as bênçãos da Mãe da Penha, na presença do bispo diocesano Dom Gilberto
Pastana, do bispo emérito Dom Fernando Panico, e os bispos Dom Edimilson Neves
(Diocese de Tianguá) e Dom André Vital (Limoeiro do Norte), dos padres (da
Diocese de Crato e de outras dioceses circunvizinhas), dos diáconos
permanentes, dos seminaristas e de uma assembleia formada por religiosas,
leigos e leigas, seis novos sacerdotes foram ordenados para a Santa Igreja,
neste sábado, sexto dia do mês de outubro, extraordinariamente, dedicado à
missão.
Agora,
Árysson Rodrigues Magalhães e Francisco José Bezerra de Sousa, ambos naturais
da Paróquia São Raimundo Nonato, em Várzea Alegre; Carlos Aguiar Terto Gonçalves,
da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Quitaiús; Jeferson dos Santos Pereira,
da Paróquia Nossa Senhora da Penha (Sé-Catedral), em Crato; Francisco Rafael
Félix de Sousa, da Paróquia Menino Jesus de Praga; e Antônio Marcus Dantas
Silva, da Paróquia Nossa Senhora das Dores (Basílica Santuário), ambas em
Juazeiro do Norte, conformam a vida ao sacerdócio de Cristo, no serviço do
altar e do povo fiel.
Consciência vocacional
O
que move a vida do presbítero é a sua consciência vocacional de ter sido escolhido
pelo Senhor e chamado pela Igreja para ser consagrado ao serviço. Assim exortou
Dom Gilberto aos novos sacerdotes. Por isso, a partir de agora, devem
alimentar, cada vez mais, o sentido de pertença, de sentir-se família diocesana
presbiteral, abrangendo o efetivo espírito de comunhão. Também pediu que sejam
eles “agentes da partilha e da solidariedade”, valor humano e cristão. E
acrescentou: “O presbítero é homem de Deus, da Igreja e homem para o mundo”.
Ao
povo de Deus, o bispo diocesano pediu orações “para que o Senhor da Messe
continue mandando vocações”, e aos pais dos ordenados agradeceu pela entrega
generosa de seus filhos ao serviço do Senhor. Para Dom Gilberto, esse gesto
confirma que é na família, igreja doméstica, que nasce e pode ser alimentada a
vocação presbiteral.
“Agradeçamos
a vocação e a missão de nossos padres no cuidado ao povo de Deus a eles
confiado. Agradeçamos a dedicação e a entrega de suas vidas no cumprimento da
missão”, finalizou.
Auxiliares de Deus
O
sacerdote é um “auxiliar de Deus”, explica o Apóstolo São Paulo em Carta aos
coríntios. Por este motivo, o rito de Ordenação é realizado dentro da Santa
Missa, na presença de toda a assembleia, depois da liturgia da palavra e antes
da liturgia eucarística. Consiste na eleição dos candidatos, homilia e
propósito. Neste último, eles manifestam, publicamente, a vontade de exercer o
seu múnus (dever, função e obrigação que cabe ao indivíduo que se dedica
ao sacerdócio), de acordo com o pensamento de Cristo e da Igreja, em
comunhão com os Bispos, sob a autoridade do sucessor do Apóstolo São Pedro,
isto é, o Papa.
Outro
momento permeado de simbologia é a Ladainha [de todos os Santos], na qual a
assembleia, em profunda oração, implora a graça de Deus para os eleitos, que se
prostram ao chão, em sinal de entrega. A imposição das mãos do bispo, a prece
de ordenação, a unção das mãos, a entrega da patena e do cálice também compõem
o rito e são igualmente expressivos.
Agora,
pela sagrada Ordenação, os seis novos presbíteros têm a missão de configurar-se
a Cristo sacerdote, isto é, representá-lo na administração dos sacramentos,
“santificando o povo cristão e oferecendo a Deus o Sacrifício da Missa, sempre
em comunhão com o seu bispo e os irmãos padres”.

Quanto
aos fiéis da diocese, especialmente das paróquias onde os novos sacerdotes
iniciarão o ministério, cabe o compromisso de rezar pela perseverança destes e
dos demais padres.
Servir fielmente e consumir a vida na salvação de todos
O
ponto alto de uma ordenação, além da imposição das mãos e da oração do bispo, é
quando este exorta: “Recebe a oferenda do povo santo para a apresentares a
Deus. Toma consciência do que virás a fazer; imita o que virás a realizar, e
conforma a tua vida com o mistério da cruz do Senhor”.
Para
o neo-sacerdote Carlos Aguiar, a cerimônia foi a realização de um projeto de
vida. “A gente vai percebendo o quanto Deus tem trabalhado. Na cabeça da gente
passa toda uma história, uma retrospectiva da generosidade divina”.
Padre
Rafael Félix disse que a palavra é, também, gratidão. “Não tenho mérito algum
por essa escolha Divina, mas o meu desejo é de responder com o mesmo empenho de
Maria quando disse ao anjo: ‘Faça-se em mim segundo a Vossa vontade’”.
E
renovando esse empenho, a cada dia, sobretudo nas horas mais difíceis, Padre
Francisco José acrescentou: “Deus me chamou para servir. Que Ele me faça um bom
padre”.
O
mesmo propósito foi compartilhado pelo Padre Árysson Magalhães: “Gratidão ao
Deus da vida por cada dia me ajudar a responder ao meu chamado”.
Embora
natural da Paraíba, Padre Marcus Dantas disse que, no misto de sentimentos que
se apossa de seu coração, entre eles está o de pertença, além da
responsabilidade que o sacerdócio exige. “Gratidão a Deus por essa graça e
também muita responsabilidade, desejo de servir e sentimento de pertença, sendo
fiel a Deus, à Igreja e ao Ministério, correspondendo a essa missão tão
grande”.
E
o Padre Jeferson Santos, agradecendo o dom da vocação, desejou que o ministério
seja acompanhado pelo olhar de Deus, pois “tudo é graça, tudo é bênção”. O
sentimento, portanto, que se apodera de seu coração é de “entrega total”.
Por: Patrícia Mirelly/Assessoria de Comunicação
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