
O
principal alvo dos cortes serão as bases
regionais do órgão, segundo apurou o jornal O Estado de S.
Paulo. Hoje a estrutura do Chico Mendes está apoiada em 11 coordenações regionais, além
da base central, em Brasília. O objetivo do governo é eliminar até seis das coordenações,
ficando com só cinco estruturas de apoio em todo o território nacional.
Essas
coordenações não são apenas escritórios burocráticos. Cabe a cada uma delas ir
a campo para cuidar das 335
unidades de conservação, que abrangem 9,1% do território
nacional e 24,4% da faixa marinha do Brasil. Uma subdivisão como a de Santarém,
por exemplo, no Pará, é responsável por fiscalizar 24 florestas protegidas da
região amazônica - 7 de proteção integral -, que somam 18 milhões de hectares.
Questionado
sobre o enxugamento, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, confirmou o
plano ao jornal, sob a justificativa de que pretende reduzir custos do
instituto. "A medida está sendo estudada como forma de aprimorar a gestão,
racionalizar recursos e dar eficiência administrativa", declarou.
Diferentemente
do Ibama,
com uma superintendência em cada Estado do Brasil e no Distrito Federal, o
ICMBio tem coordenações regionais concentradas na Amazônia (Acre, Amazonas,
Rondônia e duas bases no Pará), além de unidades nos Estados de Piauí, Paraíba,
Rio, Santa Catarina, Goiás e Minas. Conforme apurou a reportagem, a ideia do
governo é centralizar ainda mais o trabalho.
Crise
Salles
deflagrou crise com os servidores do Ibama e do ICMBio, com a saída de vários
técnicos do governo. Em meio a ameaças de processo disciplinar feitas a funcionários do
Chico Mendes, Salles colocou oficiais da Polícia Militar e da Defesa para
comandar as operações dos dois órgãos ligados ao ministério.
Conforme
revelou o Estado na semana passada, o governo também quer contratar PMs no horário de folga para
fiscalizar a Amazônia. Estadão
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