
"Se
é pra dar lucro, privatiza logo. Pra que eu vou ter um banco com 21 mil
agências no Brasil todo para dar lucro máximo? Se for pra isso, privatiza,
vende, funde com o Banco do Brasil", disse Guedes, em discurso no 91º
Enic, encontro do setor da construção promovido pela Câmara Brasileira da Indústria
da Construção (CBIC), no Rio.
Guedes
defendeu um programa de habitação popular, sugerindo mudanças no Minha Casa
Minha Vida (MCMV). Também defendeu juros mais baixos para o financiamento
imobiliário. Sem detalhar a proposta o ministro disse que, se os juros para o
financiamento imobiliário fossem em torno de "IPCA (o índice oficial de
inflação) mais 2%", geraria demanda para a construção civil, num movimento
que chamou de "capitalismo popular".
No
mesmo evento, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que não há chance
de o Minha Casa Minha Vida ser interrompido, mas defendeu melhorias
operacionais no programa para habitação de baixa renda e disse que nada será
mudado sem ouvir o setor da construção civil.
Em
seu discurso, Guimarães disse, sem usar o nome adotado nos governos do PT, que
o "programa de baixa renda" é foco do presidente Jair Bolsonaro e do
ministro da Economia, Paulo Guedes. "Não tem nenhuma chance de esse
programa ser interrompido. Nada será feito no Minha Casa Minha Vida sem que
vocês sejam ouvidos", afirmou Guimarães, dirigindo-se à plateia formada
por executivos do setor da construção.
Segundo
Guimarães, é preciso "entender melhor" os problemas do MCMV. Ainda
assim, o executivo citou o alto número de imóveis devolvidos como um problema e
disse que "a questão toda é como dar o subsídio e como se precifica
isso". "A análise de risco tem que melhorar. Não é que o programa é
ruim", afirmou Guimarães.
O
presidente da Caixa aproveitou o evento para anunciar uma linha para capital de
giro para empresas do setor da construção. "A gente vai lançar em larga
escala um programa de ajuda para vocês de capital de giro", afirmou
Guimarães. Agência Estado
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