
Ao
ser analisada em comissão mista, o relator da proposta, senador Roberto Rocha
(PSDB-MA), incluiu no texto o fim da cobrança por bagagem despachada e a
exigência de que as empresas estrangeiras sejam obrigadas a operar rotas
regionais. Nas linhas domésticas, a franquia de bagagem por passageiro será de
23 kg nas aeronaves acima de 31 assentos. Nas linhas internacionais, a franquia
funcionará pelo sistema de peça ou peso, seguindo a regulamentação
específica.
Os
trechos, no entanto, foram considerados como “jabutis” pelo governo federal,
mas a falta de tempo para negociação no Congresso antes que medida caducasse
inviabilizou a retirada dos dispositivos - que poderão ser vetados pelo
presidente Jair Bolsonaro.
A
MP altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7565/86) ao modificar as
condições para outorga de concessão para exploração de serviços de transporte
aéreo regular e não regular. Ao ser editada ainda pelo ex-presidente Michel
Temer, o governo ressaltou que o limite de até 20% de participação de capital
estrangeiro fazia com que o Brasil fosse um dos países mais fechados a
investimentos do setor aéreo.
"De
acordo com informações do Banco Mundial contidas no estudo Investing Across Borders apenas
países como Arábia Saudita, Etiópia, Haiti e Venezuela se mostram mais
restritivos à participação de investidores estrangeiros em empresas aéreas -
neles o capital estrangeiro com dierito a voto não é permitido. Por outro lado,
países sul-americanos como Chile, Colômbia, Uruguai, Paraguai e Bolívia
permitem até 100% de controle acionário por investidores estrangeiros em
empresas aéreas nacionais", apontou a justificativa da medida
provisória.
Ao
editar a MP, o governo argumentou que o dispositivo visava estimular aspectos
como o aumento da competição e a desconcentração do mercado doméstico, o
aumento da quantidade de cidades e rotas atendidas pelo transporte aéreo
regular e a redução do preço médio das passagens.
A
volta da franquia mínima de bagagem foi apresentado como destaque à MP pelo PT
e aprovado de forma simbólica. Com a votação do destaque, a sessão foi
encerrada. Agência Brasil
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