sábado, 22 de setembro de 2018

Mercado de games gira milhões de reais no Ceará e amplia oportunidades


Focado no entretenimento e resistindo até mesmo ao sinais da crise econômica no Brasil, o mercado de jogos eletrônicos deve continuar crescendo em 2018, com uma previsão de movimentar cerca de US$ 1,5 bilhão apenas este ano. No Ceará, apesar de uma considerável e impactante valorização do dólar frente ao real que eleva o preços dos produtos - praticamente todos importados -, o setor gira milhões de reais por ano. Varejistas do setor relatam um faturamento mensal médio que varia entre R$ 100 mil a R$ 350 mil. Mas apesar de apresentar bons números, a maior barreira enfrentada ainda é a carga tributária, que chega a limitar a margem de lucro a cerca de 17% e 18% do valor total movimentado.

Caso se confirme, a perspectiva de US$ 1,5 bilhão representaria uma evolução de mais de 200% em relação ao rendimento conquistado em 2013, quando o Brasil movimentou US$ 448 milhões de dólares. A comparação leva em conta a previsão de US$ 1,5 bilhão da Newzoo, com a análise realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no primeiro "Mapeamento da Indústria Brasileira e Global de Jogos Digitais", lançado em 2014.

Contudo, mesmo com as dificuldades geradas pelo impostos, o mercado brasileiro de games segue avançando e já ocupa o 2º lugar no ranking do setor na América Latina. Os dados são baseados no último levantamento sobre o mercado de jogos eletrônicos da Newzoo, empresa global de inteligência de mercado voltada para a indústria de games. Segundo a pesquisa, que analisa as tendências de mercado, o País ocupa a 13ª colocação no ranking mundial.

Câmbio
No entanto, apesar da franca evolução nos últimos anos, a cotação do dólar vem freando os rendimentos dos empresários que fazem parte do mercado cearense de jogos. Jonathan Silva de Sousa, proprietário da loja Azilados em Games, conta que nos últimos anos, a margem de lucro que ele conseguia registrar caiu de 30% para a faixa de 17% a 18%, tanto pela cotação do dólar quanto pela pressão criada pela carga tributária imposta ao mercado.

Segundo Jonathan, além dos jogos, a diversificação de serviços ofertados pelos principais consoles do mercado - desenvolvidos pelas empresas Sony, Microsoft e Nintendo -, acabam garantindo a atração de clientes, pela imersão por aplicativos e ferramentas de streaming. Outro fator importante é conexão à internet e a interatividade da mais recente geração de jogos, fazendo com os clientes invistam em um única compra, atualmente, mais de R$ 2 mil apenas para compra um console.

Distribuição
Se um jogo recém-lançado levava, antes, cerca de 15 dias para chegar às prateleiras das lojas especializadas de Fortaleza, atualmente, a fornecimento é imediato. Com o lançamento do último grande jogo da Sony, sobre o Homem-aranha, herói da produtora de quadrinhos Marvel, Júnior reporta que vendou mais 600 cópias pouco mais de três dias.

"O mercado aqui no Ceará é muito grande e tem muita concorrência. Mas, de fato, é muito movimentado, não para nunca, até porque mexe com vício e entretenimento", disse Júnior. "Agora, não é tão fácil se dar bem. A gente está sempre pensando em criar promoções para o cliente, e temos o cuidado de atender quem chega nas lojas da melhor forma possível", completou o empresário.     Diário do Nordeste

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