Focado
no entretenimento e resistindo até mesmo ao sinais da crise econômica no
Brasil, o mercado de jogos eletrônicos deve continuar crescendo em 2018, com
uma previsão de movimentar cerca de US$ 1,5 bilhão apenas este ano. No Ceará,
apesar de uma considerável e impactante valorização do dólar frente ao real que
eleva o preços dos produtos - praticamente todos importados -, o setor gira
milhões de reais por ano. Varejistas do setor relatam um faturamento mensal
médio que varia entre R$ 100 mil a R$ 350 mil. Mas apesar de apresentar bons
números, a maior barreira enfrentada ainda é a carga tributária, que chega a
limitar a margem de lucro a cerca de 17% e 18% do valor total movimentado.
Caso
se confirme, a perspectiva de US$ 1,5 bilhão representaria uma evolução de mais
de 200% em relação ao rendimento conquistado em 2013, quando o Brasil
movimentou US$ 448 milhões de dólares. A comparação leva em conta a previsão de
US$ 1,5 bilhão da Newzoo, com a análise realizada pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no primeiro "Mapeamento da
Indústria Brasileira e Global de Jogos Digitais", lançado em 2014.
Contudo,
mesmo com as dificuldades geradas pelo impostos, o mercado brasileiro de games
segue avançando e já ocupa o 2º lugar no ranking do setor na América Latina. Os
dados são baseados no último levantamento sobre o mercado de jogos eletrônicos
da Newzoo, empresa global de inteligência de mercado voltada para a indústria
de games. Segundo a pesquisa, que analisa as tendências de mercado, o País
ocupa a 13ª colocação no ranking mundial.
Câmbio
No
entanto, apesar da franca evolução nos últimos anos, a cotação do dólar vem
freando os rendimentos dos empresários que fazem parte do mercado cearense de
jogos. Jonathan Silva de Sousa, proprietário da loja Azilados em Games, conta
que nos últimos anos, a margem de lucro que ele conseguia registrar caiu de 30%
para a faixa de 17% a 18%, tanto pela cotação do dólar quanto pela pressão
criada pela carga tributária imposta ao mercado.
Segundo
Jonathan, além dos jogos, a diversificação de serviços ofertados pelos
principais consoles do mercado - desenvolvidos pelas empresas Sony, Microsoft e
Nintendo -, acabam garantindo a atração de clientes, pela imersão por
aplicativos e ferramentas de streaming. Outro fator importante é conexão à
internet e a interatividade da mais recente geração de jogos, fazendo com os
clientes invistam em um única compra, atualmente, mais de R$ 2 mil apenas para
compra um console.
Distribuição
Se
um jogo recém-lançado levava, antes, cerca de 15 dias para chegar às
prateleiras das lojas especializadas de Fortaleza, atualmente, a fornecimento é
imediato. Com o lançamento do último grande jogo da Sony, sobre o Homem-aranha,
herói da produtora de quadrinhos Marvel, Júnior reporta que vendou mais 600
cópias pouco mais de três dias.
"O
mercado aqui no Ceará é muito grande e tem muita concorrência. Mas, de fato, é
muito movimentado, não para nunca, até porque mexe com vício e
entretenimento", disse Júnior. "Agora, não é tão fácil se dar bem. A
gente está sempre pensando em criar promoções para o cliente, e temos o cuidado
de atender quem chega nas lojas da melhor forma possível", completou o
empresário. Diário do Nordeste
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