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(Foto: Natinho Rodrigues)
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O
candidato do PSDB ao Governo do Estado, General Theophilo, disse em entrevista
do Diário do Nordeste, ontem, que, caso seja derrotado nas eleições deste ano,
encerrará a carreira política e será professor universitário. Ele afirmou ainda
que está desiludido com "infiéis" do seu próprio partido, assim como
com parte do eleitorado que, em sua opinião, não quer mudança na realidade do
Ceará. Ontem, ele detalhou propostas de campanha em entrevistas à TV Verdes
Mares e à TV Diário.
O
tucano reconheceu ter sentido dificuldade de adaptação à vida de homem público,
em comparação com a atuação militar, e demonstrou descontentamento com a
situação da política cearense, inclusive no PSDB. "Tenho encontrado
pessoas que não são fieis ao partido, que, apesar de serem do PSDB, não apoiam
o candidato a governador. Acho isso uma grande infidelidade e tenho que ser
coerente com tudo o que aprendi. Se sou PSDB, apoio o candidato do PSDB".
General
Theophilo preferiu não nominar os "infiéis" no partido, mas relatou
que, em diálogo com o senador Tasso Jereissati (PSDB), estrategista político da
campanha, foi alertado que, "por condições políticas, por apoio a A, B ou
C, não adianta a gente ir para determinado Município, porque ali a pessoa,
apesar de ser do PSDB, não está votando no candidato a governador, no
General", disse.
"Isso
me dói profundamente, porque não faz parte do meu aprendizado. Não foi assim
que fui formado, e acho que a população brasileira também não foi formada
assim, mas com transparência, honestidade e sendo disciplinada",
argumentou. Na primeira pesquisa Ibope divulgada pelo Sistema Verdes Mares no
primeiro dia da campanha, em 16 de agosto, Theophilo teve 4% das intenções de
voto, atrás de Camilo Santana (PT), que atingiu 64%.
Filiado
ao PSDB desde abril deste ano, o postulante disse que, caso não vença a
eleição, não tem "nenhuma vontade de continuar político". "Não
passava pela minha cabeça, o que eu gosto é de dar aula", citou. Theophilo
pretende ser professor de Relações Internacionais. "A minha carreira
começou agora, mas a gente tem visto muita coisa e o meu crédito é que o povo
queira mudar. Se o povo não quer, se não vota em mim, não vou ficar insistindo
num povo que prefere isso aí. Se prefere isso daí, que tenha isso daí".
Expectativa
Ele
relatou que, em algumas localidades do Estado, a realidade é "do voto de
cabresto". O tucano disse ainda que não sobe em palanques ou faz carreatas
com candidatos investigados na Operação Lava-Jato. "Várias vezes já tive
divergência com o Tasso, mas quando vejo que uma coisa que não está de acordo
com minhas posições, eu me retiro", disse. "Já me retirei de
carreatas e mantenho incólume meu pensamento de fazer política séria com o povo
cearense".
No
entanto, General Theophilo sustentou que há segmentos da sociedade que querem
mudança, que acreditam que o Ceará está sem rumo, e são essas pessoas que o
motivam na campanha. "Estamos há dez dias de campanha na televisão,
intensificando carreatas, participando de entrevistas, e acredito que a
popularidade crescerá", disse ele, acreditando que estará no segundo turno
da disputa. Diário do Nordeste
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