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Toffoli assume a presidência do Supremo nesta quinta.
(Foto: Carlos Moura/SCO/STF)
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Nove
anos após chegar ao STF (Supremo Tribunal Federal) nomeado pelo então
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na esteira de serviços prestados ao PT e
ao governo, o ministro José Antonio Dias Toffoli, 50, natural
de Marília (SP), assume nesta quinta-feira (13) a presidência da corte.
Devido
à sua ligação
histórica com o PT e à falta de credenciais acadêmicas,
Toffoli foi visto à época como despreparado para o cargo. Fora reprovado duas
vezes em concursos públicos para a magistratura e não possuía títulos de
mestrado e doutorado. De lá para cá, construiu uma reputação de ponderação, deu mostras
de que cortou o cordão umbilical com o partido, estudou
casos a fundo e montou uma equipe de primeira. Mas é o DNA político do novo
presidente que hoje é visto como um ativo por ministros do STF.
A
experiência com o Executivo e o Legislativo lhe rendeu capital político, na avaliação
de colegas - atributo que deverá ser útil na nova função em um momento de
protagonismo do Judiciário.
O
magistrado tem dito a interlocutores que, à frente do Supremo, pretende se entender com quem quer que
seja eleito,
de Jair Bolsonaro (PSL) a Guilherme Boulos (PSOL).
Toffoli
assumiu uma cadeira no Supremo em outubro de 2009, em substituição ao ministro
Carlos Alberto Menezes Direito, que morrera um mês antes. Foi advogado-geral da
União (2007-09) e subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil (2003-05) nos
governos Lula.
Atuou
na Prefeitura de São Paulo em 2001 na gestão de Marta Suplicy, então no PT, assessorou a
liderança do partido na Câmara dos Deputados (1995-2000), foi assessor
parlamentar na Assembleia paulista (1994) e consultor da CUT (1993).
Também
ministrou disciplinas de direito constitucional e direito de família no
UniCEUB, em Brasília (1996-2002). Folhapress
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