A severidade da seca
se agravou no Ceará no mês de julho, segundo dados do Monitor das Secas,
serviço de monitoramento da estiagem divulgado pelo governo federal. Segundo o
estudo, no nosso estado, apesar de ter ocorrido chuvas acima da média em
algumas áreas em julho, não houve redução da intensidade da seca, devido à
climatologia da precipitação ser muito baixa nesse mês.

No centro e sul do
estado (Região do Cariri), onde antes havia seca apenas de longo prazo (L),
passou a ter seca de curto e longo prazo (CL), devido aos indicadores de curto
e longo prazo apontar para uma piora no grau de severidade da seca.
Houve o aumento da
área com seca grave (S2) e seca moderada (S1) no sul e centro do estado. No
norte do estado, surgiu uma área de seca fraca, por isso a indicação de seca de
curto prazo (C) nessa região. Sendo que no extremo noroeste do estado ainda
permanece uma área sem seca.
O Monitor de Secas do
Nordeste, que é um processo de acompanhamento da estiagem realizado por
Institutos de Meteorologia do Nordeste - incluindo a Funceme - sob coordenação
da Agência Nacional das Águas (ANA), apontou que o Ceará tinha, em julho deste
ano, 8,3% do seu território sem seca relativa, isto é, sem impactos negativos a
curto e longo prazos.
Comparativo ao mês
anterior
O cenário é diferente
em relação ao mês de junho, quando o Estado apresentava 36,75% do seu
território sem estiagem. Apesar do avanço da área com algum nível de seca, não
houve alteração quanto à classificação, isto é, apenas a expansão das áreas que
continuam sendo classificadas em grave, moderada e fraca.
O novo mapa aponta que
o nível mais severo que atinge o Ceará é o de seca grave, totalizando 25,08% do
território. Quando comparado com junho de 2018, o mesmo índice era de 7,56%. Já
em relação ao mesmo período do ano passado, observa-se que, em 2017, o cenário
era mais crítico, pois o Estado tinha 10,31% em seca extrema.
Dados Nordeste
O mês de julho é
considerado um mês climaticamente chuvoso, com precipitações acima de 200 mm,
no setor leste do Nordeste brasileiro.
No noroeste do
Maranhão também são esperadas chuvas significativas, com valores acima de 150
mm, nesse período. Porém, na maior parte da Região já iniciou o período seco,
onde as precipitações esperadas são inferiores a 25 mm.
O mês de julho
destacou-se por precipitações de fraca intensidade, no leste do Nordeste, onde
se esperava valores significativos. As precipitações ficaram muito abaixo do
esperado em toda região Nordeste, excetuando-se apenas o noroeste do Maranhão e
nordeste do Rio Grande do Norte.
As maiores reduções da
precipitação se concentraram no leste da Região, com redução superior a 200 mm.
A redução das chuvas, nos últimos três meses na Região, refletiu na piora dos
indicadores de seca, havendo expansão das áreas e agravamento na intensidade do
quadro de seca em todos os estados da Região. Fonte: G1 CE
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