Várzea Alegre. "A situação dessa estrada é uma vergonha para o Ceará". Em tom de indignação, o produtor rural Luís Alves, do sítio São José, referiu-se à buraqueira sem fim existente na Rodovia BR-230, no trecho entre as cidades de Várzea Alegre e Farias Brito, no Sul do Estado. Cansados de esperar por uma restauração, que parece nunca chegar, centenas de moradores interditaram a rodovia e realizaram um protesto.
O agricultor Luís Alves disse ver diariamente veículos sofrendo as consequências: pneus estourados, suspensão quebrada, colisão e até capotamento. "Os carros viajam em ziguezague, desviando dos buracos, aumentando o risco de acidentes", explicou. Revoltado, o presidente da Associação dos Advogados de Várzea Alegre, Otoniel Fiúza Júnior, disse não entender porque a mesma rodovia é bem conservada na Paraíba e no Piauí.
A rodovia ficou interditada por quase uma hora e os organizadores do protesto vão encaminhar solicitação ao Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT), aos deputados estaduais e federais e ao governo do Estado. "Sabemos que é um trecho de rodovia federal, mas o governador pode reforçar a nossa reivindicação", disse o advogado Helmo Menezes. Centenas de pessoas e de motoristas participaram da manifestação. A rodovia é a principal ligação entre as regiões Centro-Sul e Sul (Cariri). "Trafegar por esse trecho é uma enorme dor de cabeça", disse o presidente da Cooperativa de Transportes de Várzea Alegre (Coopervárzea), Luiz Félix, que também lembrou os acidentes que ocorrem diariamente no trecho, além de danificar veículos.
O DNIT informou, recentemente, que houve restauração do trecho danificado apenas na área urbana de Várzea Alegre. A construtora Tirol, responsável pelo serviço, solicitou a paralisação da obra, mediante a liberação reduzida de recursos. O pedido está sendo analisado pelo DNIT, segundo informações do próprio órgão.
Diário do Nordeste
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