terça-feira, 10 de novembro de 2015

Gasto público é ineficiente no País

De acordo com o estudo, o gasto brasileiro em Educação é o 13º mais ineficiente entre os 83 países com estatísticas disponíveis para a pesquisa ( Foto: Erika Fonseca )
Brasília. Um estudo realizado a partir da comparação de resultados internacionais indica que os gastos brasileiros em educação e saúde estão entre os mais ineficientes do mundo. Publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o trabalho relacionou indicadores como o grau de escolaridade e a expectativa de vida ao volume de desembolsos na área social em diferentes países.
Os autores adotaram como referência os rankings do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), criado nos anos 1990 para mensurar, além da renda, padrões de bem-estar. Conclui-se que, consideradas despesas em educação e saúde por habitante, o desempenho brasileiro no IDH deveria ser melhor.
No primeiro caso, considerados 83 países com estatísticas disponíveis, o Brasil fica entre a 43ª e a 46ª posição entre os de maior gasto público nos ensinos primário, secundário e superior.
Na mesma amostra, o País ocupa o 54º lugar em IDH - Educação, que leva em conta o número médio de anos de estudo da população adulta e a expectativa de escolarização das crianças.
Países que destinam menos dinheiro do Orçamento ao setor, como Argentina, Colômbia, Peru e Bolívia, ostentam resultados melhores que os do Brasil. O estudo calcula que o gasto brasileiro em educação seja o 13º mais ineficiente do grupo.
Na saúde, entre 183 países, se é apenas o 77º em despesas orçamentárias na área, o Brasil ocupa o 40º lugar em desembolsos privados. Os gastos brasileiros em saúde ficam na 65ª posição, enquanto a expectativa de vida fica ocupa o 80º lugar no grupo avaliado. Apenas 20 países foram considerados mais ineficientes. Mas as cifras, conforme o estudo, devem ser analisadas com cautela: eficiência do gasto não significa necessariamente qualidade dos serviços.

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