Juazeiro do Norte. Quem não está muito satisfeito mesmo é o vendedor de lembranças religiosas, como as estatuetas dos santinhos, medalhas, quadros, terços e rosários, entre outros artigos. Os 'santeiros' reclamam que a cada ano há uma redução na comercialização desse tipo de produto e dizem que os jovens não acompanham essa realidade. A maioria vem para o Juazeiro para passear e menos pela fé. No Socorro, após a retirada das barracas, a reclamação só aumentou no que diz respeito a essa realidade.
Para a comerciante Joana D'arc Nunes, que há 35 anos comercializa em um ponto estratégico do Socorro, a cada ano as vendas têm diminuído e as encomendas são menores aos santeiros de Juazeiro. Ela disse que os romeiros mais antigos ainda sustentam as vendas, e os mais jovens não continuam a cultura religiosa.
Recuperação
Ela espera recuperar a pouca movimentação vivenciada nos últimos dias, nesse fim de semana, que antecede o encerramento da festa. "Além desse aspecto, o povo está sem dinheiro por conta dessa crise, mesmo contando que o romeiro vem pela fé", diz. As pessoas que costumam vir ao Juazeiro nesse período não deixam de cumprir a viagem, conforme a comerciante, por ser uma missão de fé.
A dona de uma loja de imagens, Graça de Sousa, este ano sequer chegou a aumentar o estoque. Cerca de 70% dos produtos não foram comprados aos santeiros de Juazeiro, como acontece de costume, e ela não espera comercializar nem o que tem em estoque.
"Está muito difícil porque estamos com o comércio praticamente paralisado", constata. Desde a reforma que houve no Socorro, com a retirada dos banheiros dos romeiros da área, que a situação piorou mais ainda", lamentou a comerciante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário