O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que as eleições em grandes municípios do Ceará, como Fortaleza e Caucaia, integram o projeto nacional de expansão do partido com vistas à disputa pela Presidência da República em 2018. A declaração do dirigente foi feita, na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa do Estado, marcando a adesão de lideranças cearenses ao PSB. Ele ressaltou que a reforma política votada no Congresso Nacional frustrou a população e teceu críticas à política econômica do Governo Federal.
De acordo com Siqueira, a votação de temas como o financiamento de campanha ampliou a insatisfação com a reforma política, pois a Câmara Federal não pôs fim às doações de empresas.
"Com o fim do financiamento das empresas, poderíamos ter a diminuição de grande parte da corrupção com recursos de campanha. Eu, como cidadão e presidente de partido, me sinto frustrado com a reforma aprovada", disse. Siqueira destacou que pontos positivos da reforma política não foram aprovados.
O presidente do PSB teceu críticas ao Governo Dilma Rousseff e afirmou que já é nítido o fim do atual ciclo de governança no Brasil, que ele diz estar sem apoio da maior parte da população. Para ele, a atual administração "não tem pernas para andar". "Temos que estar acima de todos os interesses partidários e mesquinhos para que possamos colocar o País nos eixos", declarou.
O dirigente chamou o atual Governo de "irresponsável", reforçando que "mesmo advertido não entendeu que devemos fazer uma política construtiva". E declarou: Ela (Dilma Rousseff) deixou que as coisas acontecessem de modo a trazer o País para o precipício, e nós vamos pagar um preço muito alto", criticou.
"Uma presidente que não tem base política mínima e não consegue sair na rua porque é vaiada. Precisamos nos unir acima dos nossos interesses partidários para tirar o País dessa crise. Essa é a hora de chamar todos a assumir esse poder cívico para a retomada do crescimento e desenvolvimento do País", completou.
Ele comparou o atual momento do Brasil à época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, em 1993. O fortalecimento da moeda com o Plano Real, lembra, foi a medida que ajudou o País a crescer.
Polarização
O dirigente destacou ainda que desde as eleições de 2014, quando Eduardo Campos entrou na disputou a presidência da República pelo PSB, sendo substituído por Marina Silva após acidente aéreo em que ele morreu, o partido vem trabalhando em um projeto para quebrar a polarização entre PT e PSDB. Fazem parte desse projeto, aponta, as eleições municipais de 2016, já com vistas a 2018, quando o partido terá candidatura própria para disputar a Presidência do Brasil.
Segundo Carlos Siqueira, dentro do processo de crescimento da legenda no País, Fortaleza entrará na linha de prioridade nacional. "Temos um plano nacional com planejamento que prioriza capitais e cidades polos, sendo que Fortaleza e Caucaia estarão em nossa prioridade nacional para 2016", disse. Conforme defendeu, Heitor Férrer é o nome natural para a disputa à Prefeitura da capital cearense.
O vice-governador de São Paulo, Márcio França, que também participou do evento de ontem, lembrou que a presidente Dilma Rousseff foi alertada por Eduardo Campos sobre o futuro da economia, mas alegou que ela não ouviu o ex-governador de Pernambuco. "Ela não achou relevante os alertas feitos, e isso fez com que a gente se afastasse do Governo", pontuou.
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