sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Covid Ceará: onda atual começou nas regiões de Fortaleza e Cariri

FOTO: Tomaz Silva

No atual ciclo de disseminação da Covid-19, as regiões de Fortaleza e Cariri foram as primeiras que apresentaram aumento de casos, quase simultaneamente. A região de Norte foi a última a registrar aumento, com aceleração mais recente. A análise é de Antônio Lima Neto (Tanta), secretário Executivo de Vigilância Secretaria Saúde do Estado (Sesa).


Nas quatro últimas semanas epidemiológicas (SE), foram registrados 10.186 casos da infecção no Ceará. Na SE 49, entre 3 e 9 de dezembro, foram confirmados 3.719 casos de Covid-19. Observa-se uma redução de 14,1%, quando comparamos com à semana anterior, quando foram 4.329 confirmações.


Segundo Tanta, a transmissão atual apresentou "algumas particularidades". "Fortaleza e Cariri estão mais ou menos o mesmo estágio. Fortaleza já atingiu um patamar elevado (de positividade). Felizmente, não tem tantos casos graves", avalia.


Segundo ele, o Litoral Leste, em especial Aracati e Icapuí, também estão com a transmissão elevada. "Teve um retardo inicial, mas rapidamente alcançou a transmissão mais rápida. Muito influenciado por Fortaleza", diz.


Já a região Norte acelerou mais recentemente, puxado por Sobral e Camocim. "Normalmente, vinha logo depois de Fortaleza. Agora, foi o Cariri", completa.


Conforme boletim epidemiológico publicado na última terça-feira, 12, desde meados de novembro, percebe-se o crescimento rápido da positividade, até alcançar a média de 47,1% na primeira semana de dezembro. 


Covid: subvariantes circulando no Ceará 

Nas duas últimas semanas epidemiológicas (48 e 49), é possível observar um aumento linear, tendendo à

estabilidade nos últimos dias. Segundo Tanta, a Capital se aproxima da estabilidade com tendencia de desaceleração e "é provável que inicie uma queda nas próximas". 


No último relatório de sequenciamento genômico realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen-CE) em 10 de dezembro, com 38 amostras referentes às semanas epidemiológicas 47 a 49, foram identificadas três linhagens: JN.1 (33 amostras), JD.1.1.1 (4 amostras) e BA.2.86.1 (1 amostra).


A JN.1 e a BA.2.86.1 são subvariantes da BA.2.86, reclassificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como variante de interesse. A JN.1 se mantém dominante, com 87% das amostras sequenciadas.


Fonte: O Povo

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