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| O ministro da Educação, Abraham Weintraub. (Foto: Gabriel Jabur) |
O
ministro da Educação, Abraham Weintraub, defende mudanças no edital do Exame
Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), como a punição dos estudantes
que tiveram baixo desempenho. “Uma pessoa que faz a prova e acerta 10% das
questões não deveria se formar”, diz. Mas, segundo ele, isso ainda precisa ser
discutido.
O
Enade é um exame feito por estudantes - ao final dos cursos de graduação - para
avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do
curso. O estudante precisa fazer o exame para colar grau e receber o diploma,
mas não existe a obrigação de uma nota mínima para que ele seja aprovado. Isso,
segundo o ministro, faz com que os estudantes não se dediquem à avaliação e ela
acaba não refletindo a qualidade dos cursos de ensino superior ofertados no
País.
De
acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira, 4, pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a média
geral das notas dos estudantes da maior parte dos cursos avaliados foi menor
que 50 pontos, em uma escala que vai até 100.
Com
base nas notas dos alunos é calculado o chamado Conceito Enade, que classifica
os cursos em uma escala de 1 a 5, sendo 5 a nota máxima. Em 2018, apenas 492
cursos superiores tiraram a nota máxima no Enade. Esses cursos correspondem a
cerca de 5,8% do total de 8.520 que tiveram o desempenho divulgado.
Mais
mudança
O
Inep ainda estuda mudar o edital do Enade no ano que vem para divulgar os
nomes dos estudantes que tiveram os melhores desempenhos no exame. A intenção é
tornar público apenas os nomes daqueles que acertaram mais de 60% da prova. Não
será divulgada a nota específica, mas a faixa de acertos. “A gente quer
divulgar quem foram os alunos que tiveram melhor resultado por curso como forma
de incentivo para que ele busque ficar entre os melhores, para colocar isso no
currículo”, diz o presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes.
Atualmente,
apenas os próprios estudantes têm acesso às notas individuais. A intenção é
divulgar os estudantes com melhores desempenho por faixa, ou seja, por exemplo,
aqueles que acertaram de 60% a 80% da prova e aqueles que acertaram entre 80% e
100% da avaliação.
A
divulgação das melhores faixas de desempenho servirá para estimular os
estudantes a “levar a sério a prova”, segundo Weintraub. A medida ainda
está em fase de estudo pela pasta e, segundo o ministro, será debatida com os
agentes envolvidos antes que a decisão seja tomada.
Cursos
avaliados
Foram
avaliadas em 2018 as seguintes áreas com cursos de bacharelado: administração;
administração pública; ciências contábeis; ciências econômicas; comunicação
social – jornalismo; comunicação social - publicidade e propaganda; design;
direito; psicologia; relações internacionais; secretariado executivo; serviço
social; teologia; turismo.
Foram
avaliados também os cursos superiores de tecnologia em comércio exterior; em
design de interiores; design de moda; design gráfico; gastronomia; gestão
comercial; gestão da qualidade; gestão de recursos humanos; gestão financeira;
gestão pública; logística; marketing; processos gerenciais. O Povo

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