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| (Foto: Antônio Rodrigues) |
Ao
constatar que a região do Cariri era desprovida de qualquer monitoramento da
qualidade do ar, o Laboratório de Estudos em Poluição do Ar (LEPA), que faz
parte do Departamento de Meteorologia do Instituto de Geociências, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) implantou, há um ano, uma estação
de medição na Casa de Pedra, no distrito de Inhumas, em Santana do Cariri. Há
apenas 319 equipamentos ativos como este em todo país, a maioria na região
Sudeste.
A
estação mede as chamadas “Partículas Inaláveis”, que têm diâmetros muito
pequenos – abaixo de 10 micrometros; 1 micrometro = 0,000001 m – e são muito
penetrativos no organismo humano, chegando, inclusive, ao trato respiratório
inferior, podendo, assim, gerar sérios efeitos à saúde, dependendo da quantidade
e composição química dessas partículas.
“A
ideia é ter esse monitoramento operacionalizado de modo permanente, gerando
informações úteis para as pesquisas em saúde pública, a educação ambiental das
escolas locais e visitantes, bem como fazer a divulgação às autoridades e
população”, explica o professor Luiz Francisco Pires Guimarães Maia, do
Departamento de Meteorologia do Instituto de Geociências da UFRJ.
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| Por duas vezes, o nível de partículas inaláveis ultrapassou o recomendado pela OMS. |
O
material coletado em Santana do Cariri é analisado no Rio de Janeiro, com um
convênio de cooperação com a Universidade Federal do Cariri (UFCA), que
recentemente instalou um equipamento semelhante na cidade de Brejo Santo.
Nos
dados divulgados até agora, os índices mostram que nos meses de outubro e
novembro de 2018, por duas vezes, o nível de partículas inaláveias ultrapassou
o limite estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso pode
acontecer, eventualmente, mas já requer uma atenção maior do Município.
Colaborou Ypsilon Félix – Blog Diário Cariri


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