
"Com
licença, estou numa solenidade militar, tem familiares meus aqui, eu prefiro
vê-los do que responder uma pergunta idiota para você. Tá respondido?
Próxima pergunta", disse, interrompendo a pergunta antes mesmo de sua
conclusão.
"Eu
vou falar de Brasil e de Goiás. Eu já sei a sua pergunta", disse.
Bolsonaro
também não quis responder a outro repórter sobre os motivos pelos quais decidiu
não comentar o caso. Ele então deu as costas e encerrou a entrevista em
menos de um minuto.
Um
helicóptero da Presidência da República foi usado em maio para transportar
convidados para o casamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP),
filho do presidente, no Rio de Janeiro. O governo alegou "razões de
segurança" para autorizar o voo.
Vídeos
da ocasião foram divulgados em redes sociais por um sobrinho do
presidente, Osvaldo Campos Bolsonaro. A informação foi revelada nesta sexta
pelo site G1.
De
carro, o trajeto tem cerca de 35 km e levaria 35 minutos. Segundo o site, foram
14 minutos de voo na aeronave da FAB.
Nas
imagens que foram publicadas, é possível ver que o grupo de aproximadamente dez
pessoas chegou de van à pista de embarque. No veículo estavam irmãs de
Bolsonaro e o deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, amigo do
presidente.
Em
nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) informou que, pela lei, é
"responsável por zelar pela segurança do presidente e
vice-presidente da República, bem como de seus familiares".
"Por
razões de segurança, o coordenador de segurança de área neste evento, exercendo
competências contidas no decreto nº 4.332, de 12 de agosto de 2002, decidiu que
o presidente da República e familiares fossem transportados em helicópteros da
Força Aérea Brasileira", afirmou a pasta.
Segundo
o GSI, o procedimento adotado foi justificável e seguiu, "na íntegra, a
legislação vigente".
A
entrevista foi interrompida ao fim de uma cerimônia em comemoração ao 161º
Aniversário da Polícia Militar de Goiás e formatura da 45ª turma de aspirantes
da PM.
Entre
os formandos está Luiz Paulo Leite Bolsonaro, que é sobrinho do presidente.
Ele recebeu das mãos do tio a condecoração por ter ficado em terceiro lugar no
curso de formação.
O
presidente passou a sexta-feira (26) em Goiás, onde teve duas agendas
reservadas antes de comparecer à formatura do sobrinho. Esta é a terceira vez
que Bolsonaro visita o estado em seis meses de governo. Ele tem uma nova viagem
ao estado prevista para a próxima quarta-feira (31).
Bolsonaro
desembarcou em Goianápolis, na região metropolitana de Goiânia, às 11h31 para
almoçar na Fazenda Esperança, do cantor sertanejo Amado Batista. O
compromisso não constava inicialmente na agenda oficial e foi inserido apenas
às 12h01, 30 minutos depois da chegada ao local.
Apoiador
de Bolsonaro, o cantor preparou uma estrutura com tendas brancas para receber o
presidente e ofereceu churrasco, um dos pratos preferidos dele.
Ao
deixar o Palácio da Alvorada em Brasília, pela manhã, o presidente se
vangloriou do compromisso ao falar com apoiadores.
"Almoço
com Amado Batista daqui a pouco. Não é para qualquer um não, hein?"
A
comitiva presidencial contou com autoridades como o deputado Hélio Lopes
(PSL-RJ), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e o ministro Fernando
Azevedo (Defesa).
Depois
do almoço com Amado Batista, Bolsonaro passou quase 6h no Comando de Operações
Especiais do Exército em uma agenda fechada à imprensa e ao público.
Durante
a visita, o presidente voou no simulador de queda livre, visitou local de
tiros e assistiu a saltos de paraquedistas.
Das
três agendas, apenas a formatura da PM foi aberta à imprensa. O presidente fez
todos os deslocamentos em Goiás no mesmo helicóptero em que voou de Brasília a
Goiânia. Folhapress
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