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(Foto: Marcelo Camargo)
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Um Projeto de Emenda à Constituição (PEC) que
tramita na Câmara dos Deputados quer a unificação das eleições no Brasil. A proposta prevê
que os pleitos para todos os cargos eletivos do Legislativo e Executivo do país
sejam realizados em uma única
data.
A
PEC 56/2019 prorroga
por dois anos os mandatos dos atuais prefeitos, vice-prefeitos e vereadores,
eleitos em 2016. Assim, os gestores municipais só deixariam o cargo em 1º de
janeiro de 2023. Se aprovada, o eleitor terá que indicar na
urna candidatos para sete
cargos (presidente, governador, senador, deputado federal,
deputado estadual, prefeito e vereador).
Para
justificar a mudança, o autor do projeto, deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC),
afirma que a unificação das eleições em única data geraria uma "significativa" economia para os
cofres públicos, já que os gastos referentes às disputas
municipais seriam "eliminados".
O
deputado ainda afirma que os recursos economizados poderão ser aplicados em serviços à população,
como educação, saúde e segurança. Além disso, segundo a proposta de Peninha
Mendonça, "é preciso considerar o momento delicado que o País
atravessa". Pois, segundo ele, "com a supressão do pleito eleitoral
de 2020, a classe política, livre dos encargos inerentes às campanhas
eleitorais, poderá concentrar-se nas reformas de que a República tanto
precisa."
Apoio
Nesta
sexta-feira (7), em palestra realizada em Fortaleza, o relator da PEC, deputado Valtenir Pereira (MDB-MT),
defendeu a proposta. "É constitucional unificar as eleições. É
constitucional estender as eleições até 2022", disse. No entanto, ele
ressaltou que existem parlamentares no Congresso Nacional que são contrários à
medida, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ainda
de acordo com Valtenir, a participação da Confederação Nacional de Municípios (CNM)
pressionando os deputados federais para votarem favoráveis à matéria fez com
que muitos deputados federais aderissem à ideia.
O
presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), prefeito Nilson Diniz, se disse
favorável à medida, uma vez que, em sua avaliação, "quem sofre com as
eleições a cada dois anos é o município. São até seis meses que ficamos sem
recursos por conta das eleições", apontou.
A
proposta tramita em regime
especial na Câmara dos Deputados, atualmente sob
apreciação da CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça), segundo portal da Casa Legislativa.
A
PEC do deputado emedebista tem teor semelhante à PEC 117/2011, apresentada em
2011 pelo deputado
Augusto Coutinho, que previa a unificação das eleições a partir
do pleito de 2018. Na ocasião, o projeto acabou arquivado. Diário do Nordeste
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