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Morte natural: Monsenhor Ágio nos deixa aos 101 anos. (Foto: Rafael Pereira) |
Em
abril, o Monsenhor havia sido internado em reduto hospitalar para se recuperar
de uma pneumonia. Em seu leito, alunos e ex-alunos do Solibel e da Vila da
Música estavam indo tocar música a seu pedido.
A
Vila da Música, primeiro equipamento estatal de cultura no interior, inaugurado
em março de 2017, representa a concretização e continuidade do trabalho
iniciado pelo Padre com a Solibel, 45 anos atrás.
“Perda
irreparável”, afirmou o atual secretário de Cultura do Crato, Wilton Dede,
que anos atrás dirigiu um documentário sobre o Ágio e seus projetos, batizado
de “Padre Azul”. Dede mesmo foi aluno do Padre quando garoto.
“Padre
Ágio foi o tipo de pessoa que, em vida, sua maior virtude foi acreditar no ser
humano. Foi dessa forma que ele procurou redimir as pessoas e mostrar o caminho
de vida, através da música. Ele deu sua vida para isso, para esta missão”,
disse Dede, emocionado com a notícia. “Ele cumpriu sua missão”.
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"Perda
irreparável". Monsenhor Ágio, aos 101 anos. (Foto: Patrícia Mirelly)
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Durante
a inauguração do equipamento, em 2017, o governador do Estado Camilo Santana e
o secretário de Cultura Fabiano Piúba comemoraram as conquistas oferecidas pelo
trabalho de Ágio.
“Cultura
vem de cultivo. E há mais de 40 anos o Padre Ágio cultura gente, cultiva
música, cultiva arte”, teria destacado o secretário, citando o poeta Ferreira
Gullar: “A arte existe porque a vida só não basta”.
VELÓRIO
O
corpo do Monsenhor será velado logo mais às 10h, na Vila da Música, no
Belmonte. A missa de sepultamento está marcada para amanhã, às 16h, na Capela
de Nossa Senhora das Graças, também no Belmonte, a ser realizada por Dom
Gilberto. Fonte: Site Miséria
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