quinta-feira, 6 de junho de 2019

Fundos de investimento de Guedes, ativos no mercado, receberam R$ 227 mi do BNDES e do Previ


Fundos de investimento em participações (FIPs) criados pelo ministro Paulo Guedes (Economia), ainda ativos no mercado, receberam do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e da Previ, entidade de previdência complementar de funcionários do Banco do Brasil, R$ 227,1 milhões em aportes de dezembro de 2013 a março deste ano.

Guedes deixou a Bozano, gestora desses FIPs, logo após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, no fim de outubro do ano passado. A empresa mudou de nome, passando a se chamar Crescera.

O FIP Semente Criatec II, voltado para investimento em empresas de tecnologia, recebeu R$ 81 milhões do BNDES e está na etapa de venda das participações em empresas que foram adquiridas. É quando os cotistas começam a receber o retorno dos negócios feitos, sejam eles lucrativos ou não.

O outro FIP, batizado de Bozano Educacional II, cujo foco é em projetos de educação em saúde -incluindo escolas de medicina, um mercado turbinado pelo Programa Mais Médicos -, obteve R$ 68 milhões do BNDES, mas o banco se comprometeu a injetar um total de R$ 120 milhões. Há margem, portanto, para mais aportes.

A instituição explica que, embora se trate de um ativo ainda em fase de investimentos, não há previsão para a transferência de mais recursos, pois "se entende que a carteira de ativos constituída já atende aos objetivos originais".

O Previ destinou outros R$ 78,1 milhões nesse FIP e se comprometeu com um teto de R$ 100 milhões.

A injeção de recursos em fundos como os constituídos por Guedes passa, primeiro, pela subscrição de cotas, que é quando o investidor se compromete a aplicar determinada quantia. Os aportes efetivos se dão a partir de chamadas de capital feitas pela empresa gestora, até o limite que eles pactuaram investir.

Os dados foram levantados pela reportagem a partir de dados solicitados por meio das assessorias de imprensa dos órgãos, consultas a registros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação.     Folhapress

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