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(Foto:
Camila Lima)
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Se
não bastassem os altos níveis de endividamento e inadimplência do consumidor,
28% dos cearenses que tomaram crédito o fizeram para pagar dívidas, de acordo
com levantamento feito pela fintech Lendico, especializada em empréstimo para a
pessoa física. O dado representa um crescimento de três pontos percentuais em
relação a abril de 2018, quando a fatia era de 25%. No Nordeste, o percentual
chega a 27,65% do total.
De
acordo com a fintech, os valores são destinados ao pagamento de fatura do
cartão de crédito, de cheque especial, empréstimos e transferência de dívida.
Ainda de acordo com a pesquisa, outros 36% que tomaram crédito no Ceará em
abril o fizeram para empreender e 16% pediram empréstimos para realizar
reformas ou comprar móveis.
"Desde
o ano de 2011, quando foram criados artifícios para baixar os juros, o
brasileiro foi estimulado a aumentar o consumo. Foram bilhões de reais
despejados no mercado para o financiamento de carros, motos, eletrodomésticos
ou casa própria. E hoje ainda estamos vendo todo mundo buscando pagar suas dívidas
para voltar a ter crédito", diz Paulo Vieira, sócio-diretor da Master
Coach.
Para
Vieira, o que se vê é que muitos dos que estão buscando financiamentos para o
pagamento de dívidas acabam criando uma "bola de neve". "As
famílias querem consumir mas não têm crédito e por isso estão nessa
situação", diz. Ele recomenda que, antes de assumir uma nova dívida, o
consumidor não pague mais do que 50% do que acredita poder pagar. "O
grande erro das pessoas é assumir um percentual 'x' mas na prática não conseguir
nem chegar à metade disso", explica.
Segundo
dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a inadimplência no País cresceu 2% em abril,
na comparação com igual período do ano passado. O Brasil encerrou o mês com
cerca de 62,6 milhões de pessoas negativadas, o que representa mais de 40% da
população adulta brasileira. Diário do Nordeste
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