
Um
levantamento da Voopter, plataforma que faz comparação de preço de passagens,
mostra que o trecho entre os aeroportos de Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e
de Salvador foi o que teve a tarifa mais elevada entre as rotas analisadas.
O
valor médio da passagem passou de R$
574,14, em abril de 2018, para R$ 1.377,32 no mesmo mês deste ano, um
aumento de 139,89%.
"A
Avianca influenciou muito (a alta dos preços), porque a demanda não mudou e o
número de assentos ofertados caiu. Essa demanda migrou para as outras
companhias aéreas, que têm algoritmos que percebem isso", diz a
diretora-geral da Voopter, Juliana Vital.
A
plataforma contabiliza os preços das passagens para os próximos 120 dias e o levantamento
não incluiu a ponte aérea, rota mais importante do País. A Avianca tem evitado
cancelar voos nesse trecho, não alterando a oferta de assentos.
Em
recuperação judicial desde dezembro, a companhia aérea deve cerca de R$ 700
milhões às arrendadoras de aviões e, após uma disputa na Justiça, se viu
obrigada a devolver quase toda sua frota. Das 57 aeronaves que tinha em
novembro do ano passado, sobraram cinco.
Esse
foi o maior movimento de retirada de jatos do mercado brasileiros dos
últimos 15 anos,
o que resultou na redução de oferta de voos mais brusca do período. Segundo
dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a companhia tem hoje uma
média de 39 voos
diários - eram 280 um
ano atrás.
Os
dados de inflação do IBGE - que incluem não apenas os preços das passagens das
rotas operadas pela Avianca, mas de voos oferecidos por outras empresas -
mostram que as tarifas começaram a responder a esse corte de oferta em marco,
quando avançaram 7,29%.
No
mesmo mês de 2018, elas haviam recuado 15,42%. A variação dos preços no acumulado do ano
até março, no entanto, é negativa em 25,5% - no primeiro trimestre de 2018, o recuo
havia sido de 19,3%. Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário