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(FOTO: GUSTAVO
PELLIZZON)
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A
notícia do reconhecimento de um segundo milagre atribuído à baiana Irmã Dulce e
sua futura proclamação como santa animou os fiéis caririenses. Isso porque há
dois processos de beatificação de pessoas nascidas na região em curso.
O
processo mais avançado é o da jovem Benigna Cardoso da Silva, de Santana do
Cariri, que teve sua causa aprovada na Comissão dos Teólogos da Congregação
para as Causas dos Santos, em Roma, em outubro do ano passado.
“Heroína
da castidade”, como é aclamada, Benigna foi brutalmente assassinada aos 13
anos, em 1941, a golpes de faca por um adolescente que a assediava, depois que
recusou ter relações sexuais com ele. Para a população, “ela deu a vida para
não cometer pecado”.
A
diocese de Crato abriu o processo para sua beatificação em 2011. Dois anos
depois, ele foi aceito, e a jovem foi nomeada “serva de Deus” pela Igreja
Católica, em 2013.
“É
claro que a expectativa é grande. Agora, depende do calendário da Congregação.
Evidentemente que deve obedecer a todo um protocolo, mas penso que não haverá
muita dificuldade, pois é um caso de martírio. Esperamos que aconteça logo.
Agora, só depende de Roma”, explica o bispo Dom Gilberto Pastana.
No
caso de Benigna, o Vaticano analisou depoimentos de pessoas que viveram entre
as décadas de 1940 a 1980, relatando graças alcançadas e sobre a consciência
popular do martírio da menina. Agora, resta aos bispos discutirem sua
beatificação. O resultado deve sair em até um ano. Mas, pelo menos em Santana
do Cariri, ela já é aclamada como santa pelos fiéis. Todo ano ocorre a romaria
em homenagem à santa popular, realizada dia 24 de outubro, data em que foi
morta, e reúne cerca de 30 mil pessoas.
“Essas
notícias nos empolgam a saber que, em breve, teremos Benigna como a primeira
beata do estado do Ceará. Se obtiver parecer favorável, isso nos anima
bastante”, afirma o pesquisador Ypsilon Félix, morador de Santana do Cariri.
Padre
Cícero
Apesar
de ser devotado por milhares de pessoas e ser considerado santo popular pelos
fiéis, ainda não foi iniciado um processo de beatificação de padre Cícero. Ele
havia sido excomungado pela Igreja Católica antes de morrer.
Padre
Cícero morreu sem conciliação com a igreja católico após o caso conhecido como
“milagre da hóstia”, no final do século XX. Segundo a crença popular, a hóstia
dada por padre Cícero virou sangue na boca da Beata Maria de Araújo. Segundo o
bispo dom Joaquim, o “santo popular”, interpretou de forma equivocada a
teologia e Bíblia. Por conta dos “equívocos”, ele foi afastado da igreja
católica, afirma o bispo.
Desde
2015, ocorre o processo de reconciliação de padre Cícero Romão Batista com a
Igreja Católica, o que alimenta a esperança dos fiéis de vê-lo um dia santo
canônico. G1
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