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Amizade na estrada: O argentino Luis, 32, e o uruguaio
Gabriel, 42, se conheceram por acaso e estacionaram juntos em Crato (Foto:
Alana Soares)
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Faz
pouco mais de 30 dias que o uruguaio Gabriel Martinez, 42, e o argentino Luis
Aguirre, 32, estacionaram suas mochilas viajantes na Princesa do Cariri em
busca de descanso e conhecimento. Amigos há pouco tempo, os dois se conheceram
em Maceió e escolheram o Crato como uma das cidades mais queridas em suas
listas de viagem.
Gabriel, que começou sua jornada andarilha cedo, ainda aos 16 anos, disse estar encantado pela vida e pelo povo cratense. “É calmo, bonito, com gente boa e sem maldade. Quero passar um tempo por aqui”, diz o uruguaio que rodou todo o país e alugou uma pequena casa na cidade.
“As
pessoas são boas, nos chamam de artistas e mesmo quando não dão uma moeda, dão
um sorriso, um aceno”, revela. Pelos dias a fio Gabriel trabalha com malabares
nos semáforos. Um dos seus pontos favoritos é a Praça Alexandre Arraes, a
Bicentenário, o qual divide com o colega argentino Luis.
Luis andou mais em menos tempo. Há 12 anos atravessa a América Latina. Visitou a Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e agora desbrava o Brasil. “Sou viajante porque gosto. Nessa vida, às vezes passamos frio, nos sentimos sozinhos, mas é uma boa vida, é a que escolhi”, admite.
Luis andou mais em menos tempo. Há 12 anos atravessa a América Latina. Visitou a Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e agora desbrava o Brasil. “Sou viajante porque gosto. Nessa vida, às vezes passamos frio, nos sentimos sozinhos, mas é uma boa vida, é a que escolhi”, admite.
ENCONTRAR A SI MESMO
Busca por experiências e questionar o modus operandi da sociedade são chaves que ligam os dois amigos.
Luis deixou Buenos Aires aos 20 anos. Questionador, entusiasta das relações humanas e motivo por um desejo nato de explorar, saiu em mochilão pelo país natal. Não satisfeito, aproveitou carona e seguiu para os vizinhos de língua espanhola. “Quem não viaja, nada conhece”, leva como estandarte.
Artesão e malabarista, trabalha com facões para entreter motoristas parados no sinal. O trabalho rende o suficiente para viver como ele quer e gosta. Depois de passar por quase todo o litoral brasileiro, planeja viagem para o Peru.
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Gabriel:
"Gosto de dormir sob as estrelas” (Foto: Alana Soares)
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“Vivi em todas as cidades do Uruguai. Não havia mais novidade para mim lá”, explica sua escolha por entrar no Brasil. Toda a jornada faz de bicicleta, dormindo ao relento. “Não me importo. Gosto de dormir sob as estrelas”, diz.
Aprendeu malabares e outras habilidades artísticas com andarilhos que encontrou no meio do caminho. Também foi açougueiro, servente de pedreiro, faz-tudo e mais.
Hoje sobrevive com os ganhos do malabares. “Dá para comer, comprar algo que precise e, se sobrar, beber uma cervejinha”, brinca. Por Alana Soares – Site Miséria
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