
Em
relatório apresentado nesta sexta-feira (22), a Fundação SOS Mata Atlântica
informou que parte do leito do Rio São Francisco já está contaminado com os rejeitos de minério da
barragem Córrego Feijão, da empresa Vale, que se rompeu em 25 de janeiro, no
município de Brumadinho (MG).
Dos 12 pontos analisados
no São Francisco, nove estavam com condição ruim e três, regular, o que torna o
trecho a partir do Reservatório de Retiro Baixo – entre os municípios de
Felixlândia e Pompéu – até o Reservatório de Três Marias, no Alto São
Francisco, com água imprópria para
uso da população.
Nesses pontos de coleta, a turbidez – transparência da água – estava acima dos
limites legais definidos pela Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), para qualidade da água doce superficial. Em alguns locais,
esse indicador chegou a alcançar duas a seis vezes mais que o permitido pela
resolução.
Segundo a entidade, as concentrações
de ferro, manganês, cromo e cobre também estavam acima dos limites máximos
permitidos pela legislação, o que evidencia o impacto da pluma de rejeitos de
minério sobre o Alto São Francisco.
“Os dados comprovam que o Reservatório
de Retiro Baixo está segurando o maior volume dos rejeitos de minério que vem
sendo carreados pelo Paraopeba. Apesar das medidas tomadas no sentido de evitar
que os rejeitos atinjam o rio São Francisco, os contaminantes mais finos estão
ultrapassando o reservatório e descendo o rio e já são percebidos nas análises
em padrões elevados”, divulgou a SOS Mata Atlântica. Diário do Nordeste
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