Um
novo gênero de perereca em fóssil foi descoberta em Nova Olinda, na região do
Cariri, por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em
parceria com o Geopark Araripe. A espécie de 110 milhões de anos data do
período Cretáceo e foi descoberta em 2017 durante escavações em mineração de
calcário na formação Santana da Chapada do Araripe. A descrição foi publicada
no último dia 15 de março na revista científica internacional
ScienceDirect. Batizado de Cratopipa Novaolindesis, em homenagem ao local onde foi encontrado, o fóssil é um novo gênero de perereca aquática sem língua. Segundo explica o professor Ismar de Souza Carvalho, diretor do Departamento de Geologia da UFRJ e coordenador da pesquisa, a descoberta possibilita o entendimento da evolução dos anfíbios ancestrais e suas semelhanças com as pererecas atuais, assim como revela cursos de água doce no território, indícios importantes para a geologia.
"A Chapada do Araripe é uma janela do tempo e descobertas como essas relatam os momentos finais da conexão entre a América do Sul e a África, antes da formação do Oceano Atlântico", afirmou o professor Ismar de Souza em entrevista ao Site Miséria. Entre outras descobertas, está o reforço de formações rochosas no mesmo contexto do pré-sal encontrado em outros estados do país, como no Rio de Janeiro. Site Miséria
Nenhum comentário:
Postar um comentário