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(Foto: Alex Costa)
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Os
consumidores de energia elétrica terão que pagar R$ 17,187 bilhões para cobrir
o custo dos subsídios do setor em 2019. O valor foi aprovado pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que seja possível cobrir o orçamento
da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), taxa embutida na conta de luz que
banca programas sociais, descontos tarifários e empréstimos subsidiados para o
setor.
O
orçamento da CDE neste ano deve somar R$ 20,208 bilhões, mas o fundo setorial
contará com fontes de receita próprias de R$ 3,021 bilhões. O déficit da conta,
portanto, é de R$ 17,187 bilhões, que serão repassados aos consumidores, por
meio da conta de luz.
No
ano passado, o orçamento geral da CDE atingiu R$ 20,053 bilhões. Neste ano,
portanto, as despesas aumentariam em R$ 155 milhões, ou 1%.
Os
subsídios na conta de luz beneficiam diversos grupos de interesse. Na prática,
o consumidor residencial paga um valor adicional para permitir que outros
possam ter descontos tarifários. Todos os grupos beneficiados têm seus
descontos assegurados por lei ou decreto.
Para
pagar a CDE 2019, a Aneel prevê que as tarifas vão subir 1,45% em todo o País,
em média. Para clientes do Norte e Nordeste, a alta seria de cerca de 0,82%.
Para os das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o aumento seria de 1,74%.
Por
nível de tensão, segundo a Aneel, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os
consumidores de alta tensão terão aumento de 2,37% nas tarifas; os de média
tensão, 1,78%; e os de baixa tensão 1,30%. No Norte e Nordeste, o impacto médio será de 1,25% na alta
tensão; 0,72% na média tensão; e 0,54% na baixa tensão.
Ainda
segundo a Aneel, consumidores cativos, atendidos pelas distribuidoras de
energia, sentirão impacto negativo de 0,2% na conta de luz, em média.
A
CDE é um fundo setorial que concede benefícios a diversos grupos, como a tarifa social da baixa renda e o programa
Luz para Todos; descontos para diversos grupos, como agricultores,
irrigantes e empresas de saneamento; subsídios para produtores e consumidores
de energias renováveis; subsídios para a compra de carvão mineral; empréstimos
subsidiados para as distribuidoras da Eletrobras; compra de combustível para
usinas termelétricas em regiões isoladas, entre outros.
O
presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores (Abrace), Edvaldo
Alves de Santana, disse estar decepcionado em relação ao patamar dos subsídios
e cobrou uma postura mais ativa do órgão regulador sobre o tema, com
fiscalização sobre os beneficiários. A Abrace calculou que a conta estava superestimada em R$ 8,5
bilhões. Estadão

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