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(Foto: Toni Sousa)
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Quem
trabalha com criação de rebanhos já conhece muito bem os usos da palma
forrageira para alimentação animal. Fonte de energia e rica em água, a planta
adapta-se facilmente ao clima semiárido e tem baixo custo de produção. A palma
forrageira é uma cactácea bem conhecida no Nordeste, mas o que pouca gente
sabe é que ela também pode ser utilizada no consumo humano em diferentes
receitas.
Segundo
a tecnóloga em alimentos Elizângela Carlos, que trabalha no campus de
Crato do IFCE, há estudos que comprovam que a planta ajuda a combater doenças
como cegueira noturna em recém-nascidos e até a fome ou a desnutrição. “A palma
tem um grande potencial nutricional, é rica em vitamina A, vitamina C, complexo
B, é fibrosa e tem vários tipos de aminoácidos essenciais para o
desenvolvimento humano, entre outros nutrientes”, explica.
No
Cariri e em outras regiões do Ceará, a palma já é matéria-prima para sucos,
geleias e doces, entre outros produtos. Mas a tecnóloga explica que, apesar de
versátil, a palma é pouco aproveitada por falta de conhecimento ou até
preconceito, já que o uso mais conhecido é a alimentação animal.
Elizângela
também trabalha com essas receitas em sala de aula e desenvolve sua
pesquisa de mestrado sobre esse tema. No entanto, a pesquisa trata
especificamente da farinha de palma, que pode ser usada, por exemplo, para
fazer sequilhos. A ideia é avaliar a concentração de nutrientes da farinha –
com o processo de desidratação necessário para a fabricação, eles podem ser
reduzidos – e a aceitação dos estudantes do campus ao biscoito. No futuro, é
possível que ele passe a fazer parte do cardápio do refeitório da instituição.
Para
usar a palma em alimentos é preciso ter o cuidado de escolher raquetes novas com,
no máximo, um mês e fazer um corte adequado separando bem da parte mais antiga.
Dindins, sucos, saladas e recheios de pastel são feitos a partir da polpa. Para
fazê-la basta limpar bem a raquete e misturar no liquidificador com água.
Geração
de renda
Entre
as possibilidades da palma forrageira, há também o viés econômico. Elizângela
explica que além de alimentar o animal e ter a questão da alimentação humana, a
palma colabora com a convivência com o semiárido.
“É
uma cultura de fácil cultivo e beneficiamento simples. O produtor pode melhorar
sua renda, desenvolver produtos para venda. É uma versatilidade muito grande
que precisamos aproveitar, principalmente para essa cultura, que é muito
importante para a região semiárida”. Site Badalo

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