
O
diagnóstico precoce é a etapa mais importante à uma pessoa com tuberculose. Por
isso, pessoas com tosse por mais de 21 dias, emagrecimento e/ou febre e suor no
fim da tarde devem procurar o mais rapidamente uma unidade de saúde. A
contaminação pode acontecer pelo ar, quando alguém com tuberculose tosse.
Pessoas em situação de rua e que possuem o vírus HIV/Aids também integram as
populações vulneráveis.
Um
dos motivos do número elevado de casos pode ser pela concentração da doença em
populações de baixa renda, sendo, segundo o infectologista Robério Leite,
caracterizada como uma ‘doença neglicenciada’, tendo menos investimentos na
pesquisa de tratamentos. O outro motivo deve-se ao tratamento, que dura no
mínimo seis meses. Esse longo período gera uma alta taxa de abandono por parte
dos próprios pacientes.
Em
todo o ano de 2017, foram registrados 3.653 casos no Ceará. A contagem resulta
em uma média de 304 casos por mês, entre janeiro e dezembro. Logo, a média
mensal em 2018 foi reduzida em 10%. Para Robério leite, o avanço da pobreza no
País também torna mais complexo o acompanhamento dos pacientes. “Alguns fatores
fazem com que a população de baixa renda seja mais suscetível à doença. A
alimentação é uma delas, bem como as condições de habitação. As pessoas ficam
juntas, muitas numa mesma residência, e como é uma doença de transmissão
respiratórias, isso facilita bastante a maior incidência”, diz o
infectologista.
O
mesmo vale para a população carcerária, que se encaixa na descrição de
confinamento. Nas unidades prisionais, segundo a Secretaria de Justiça e
Cidadania do Ceará (Sejus), quando identificados os sintomas, os internos são
encaminhados para o setor médico da unidade, onde são avaliados, examinados e
isolados em caso de confirmação da doença. Após o diagnóstico, são examinados
também todos os contatos do interno para averiguação da transmissão, ainda que
sem sintomas. O órgão afirma que não registrou nenhum óbito por tuberculose
neste ano. Diário do Nordeste
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