quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Exportações do Ceará acumulam alta de 9,7% e somam US$ 1,4 bi



De janeiro a agosto, as exportações cearenses somaram US$ 1,408 bilhão, avançando 9,7% em relação aos oito primeiros meses de 2017. No entanto, em igual período deste ano, os produtos importados pelo Estado somaram US$ 1,799 bilhão, o que representou um crescimento de 17,8% ante 2017. Com isso, o déficit na balança comercial do Ceará no acumulado de 2018 chegou a US$ 390,6 milhões, 60,4% superior ao registrado de janeiro a agosto de 2017. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).

Considerando apenas agosto, o Ceará exportou US$ 136,3 milhões, volume 44,8% inferior ao de julho (US$ 247,1 milhões) e 12,7% menor do que o registrado em agosto de 2017 (US$ 156,2 milhões). Esse foi o menor volume mensal de exportações desde abril de 2017 (US$ 94,4 milhões). Já as importações, somaram US$ 222,0 milhões no mês, queda de 19,4% ante julho (US$ 275,0 milhões) e alta de 4,4% ante agosto do ano passado (US$ 212,6 milhões). Com isso, a balança registrou déficit de US$ 85,6 milhões, 51,9% superior ao de agosto de 2017.

Apesar da valorização do dólar, que acumula alta de 24% no ano, ante o real, o impacto na balança comercial cearense não deve ser significativa, e o Estado deve fechar o ano com crescimento tanto no volume das exportações quanto no das importações, diz o economista Alex Araújo. "Apesar dos efeitos do dólar, as exportações e as importações devem crescer neste ano, mesmo com o resultado de agosto, trazendo pouco impacto para a balança comercial do Ceará", pondera Araújo.

"Ao longo das últimas décadas, a pauta de exportação do Estado, que tinha produtos como lagosta e amêndoas, por exemplo, sendo muito mais diversificada, passou para uma pauta muito mais especializada, com grande peso das placas de aço", diz Araújo. "E no caso das importações, grande parte da nossa pauta é composta por trigo e derivados de petróleo. Estes, como são produtos básicos, insumos para a indústria, acabam sendo menos impactados pelas variações do dólar".  Diário do Nordeste

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