
De
janeiro a agosto, as exportações cearenses somaram US$ 1,408 bilhão, avançando
9,7% em relação aos oito primeiros meses de 2017. No entanto, em igual período
deste ano, os produtos importados pelo Estado somaram US$ 1,799 bilhão, o que
representou um crescimento de 17,8% ante 2017. Com isso, o déficit na balança
comercial do Ceará no acumulado de 2018 chegou a US$ 390,6 milhões, 60,4%
superior ao registrado de janeiro a agosto de 2017. Os dados são do Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic).
Considerando
apenas agosto, o Ceará exportou US$ 136,3 milhões, volume 44,8% inferior ao de
julho (US$ 247,1 milhões) e 12,7% menor do que o registrado em agosto de 2017
(US$ 156,2 milhões). Esse foi o menor volume mensal de exportações desde abril
de 2017 (US$ 94,4 milhões). Já as importações, somaram US$ 222,0 milhões no
mês, queda de 19,4% ante julho (US$ 275,0 milhões) e alta de 4,4% ante agosto
do ano passado (US$ 212,6 milhões). Com isso, a balança registrou déficit de
US$ 85,6 milhões, 51,9% superior ao de agosto de 2017.
Apesar
da valorização do dólar, que acumula alta de 24% no ano, ante o real, o impacto
na balança comercial cearense não deve ser significativa, e o Estado deve
fechar o ano com crescimento tanto no volume das exportações quanto no das
importações, diz o economista Alex Araújo. "Apesar dos efeitos do dólar,
as exportações e as importações devem crescer neste ano, mesmo com o resultado
de agosto, trazendo pouco impacto para a balança comercial do Ceará",
pondera Araújo.
"Ao
longo das últimas décadas, a pauta de exportação do Estado, que tinha produtos
como lagosta e amêndoas, por exemplo, sendo muito mais diversificada, passou
para uma pauta muito mais especializada, com grande peso das placas de
aço", diz Araújo. "E no caso das importações, grande parte da nossa
pauta é composta por trigo e derivados de petróleo. Estes, como são produtos
básicos, insumos para a indústria, acabam sendo menos impactados pelas
variações do dólar". Diário do Nordeste
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