
"Os gastos com
saúde estão entre as causas de endividamento das famílias, assim como o ensino
privado. As pessoas estão cortando esse tipo de compromisso financeiro mensal e
buscando alternativas como clínicas populares", afirma o economista Alex
Araújo.
Para ele, a inflação
média dos planos de saúde, com reajustes anuais, supera o limite do Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um custo maior para os usuários. "As
operadoras também sentem dificuldades, já que a base de clientes é reduzida. O
equilíbrio financeiro das empresas é colocado à prova com o aumento das
despesas", alerta.
Outro fator que pode
ter influenciado é a questão comportamental. "O perfil do usuário de plano
de saúde que procura consultas é de pessoas mais velhas. O jovem, na nossa
cultura do consumo, não se preocupa muito. Isso se concentra nas famílias que
têm crianças ou idosos, que requerem mais atenção", explica.
"Torna-se um
problema no futuro, pois as pessoas acabam recorrendo ao SUS (Sistema Único de
Saúde) para intervenções mais caras, como cirurgias, hemodiálise e
procedimentos de alta complexidade", complementa Alex. Fonte: O Povo
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