Acumulando
três meses consecutivos de queda, o índice de produção da indústria cearense
registrou alta em julho, dando indícios que o setor está começando a apresentar
sinais de recuperação após os efeitos da greve dos caminhoneiros. Segundo a
Sondagem Industrial deste mês, pesquisa elaborada pelo Núcleo de Economia e
Estratégia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria
com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o índice registrou 52,8 pontos.
O resultado acima da linha de 50 pontos mostra aumento da produção industrial
na comparação com junho.
Já
o indicador de Utilização da capacidade instalada da indústria cearense
retornou ao patamar observado no período anterior à paralisação nas rodovias
durante a greve dos caminhoneiros, apesar de ainda sinalizar que o setor
industrial opera com capacidade instalada abaixo do usual para o mês. Por sua
vez, os estoques de bens industriais situaram-se conforme o volume planejado
para julho e não foi observada variação relevante no número de empregados
alocados na produção. Os índices de Utilização da capacidade instalada do Ceará
e do Brasil registraram 42,2 e 44,1 pontos em julho, respectivamente.
Já
sobre as expectativas do setor, as projeções dos industriais do Ceará sinalizam
um cenário de crescimento ao longo do próximo semestre. A possível evolução é
referente à demanda por produtos manufaturados, à compra de matérias-primas e
às exportações que poderão ser registradas no período. No entanto, com relação
ao número de empregados na indústria, não há perspectiva de expansão no quadro
de funcionários.
Investimentos
Ainda
de acordo com a Sondagem Industrial deste mês, o índice de intenção de
investimentos do Ceará assinalou 56,7 pontos em agosto, correspondendo a um
crescimento de 4,4 pontos em comparação a julho. Apesar da evolução, o
indicador ainda está bem abaixo do ideal para a expansão da capacidade
produtiva para o setor.
A
alta capacidade ociosa do parque industrial e o cenário de incerteza
macroeconômica e política para os próximos meses configuram-se como os
principais fatores desestimulantes para a realização de investimentos na esfera
produtiva cearense.
O
indicador cearense anotou 56,7 pontos, ainda se situada abaixo dos patamares
anteriores à crise econômica, iniciada há cerca de 4 anos. Fonte: Diário do Nordeste
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