sábado, 25 de agosto de 2018

Cooperativismo fortalece economia do Ceará e gera 9,3 mil empregos


Em um cenário no qual o desemprego no Ceará e no País caminha para uma melhora a passos consideravelmente lentos e nem sempre graduais, um modelo de organização empresarial chama a atenção. Em 2017, o cooperativismo foi responsável por colocar a comida na mesa de 9.316 trabalhadores no Estado, enquanto em 2016 eram 4.917 empregados no cooperativismo. O comparativo entre os números revela um crescimento de 89,4% no quantitativo de pessoas empregadas em negócios que se baseiam no cooperativismo para viver e prosperar ainda mais. Em 2018, o setor no País não nega que tem "colhido os frutos azedos da crise econômica no País", mas tem visto no cooperado o principal elemento que possibilita atravessar as dificuldades.

Os dados são do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Ceará (Sescoop-CE), que faz parte do Sistema de Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ainda de acordo com esses números de 2017, estão em atividade, no Estado, 116 cooperativas que agregam um total de 57.443 associados, crescimento de 4,1% ante os 55,1 mil associados no ano de 2016. No ano passado, as cooperativas registraram um faturamento da ordem de R$ 3 bilhões.

Entretanto, quando se trata do número de negócios enraizados no cooperativismo, o total de 116 empresas representa uma queda ante as 132 cooperativas existentes há dois anos atrás. O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, avalia que o cooperado é o principal elemento que possibilita ao setor atravessar as dificuldades e minimizar os impactos negativos. "Os cenários político e econômico do País têm interferido nos resultados de todos os setores e segmentos econômicos e isso inclui as cooperativas. Entretanto, o cooperativismo possui um elemento que possibilita passar pelas dificuldades", destaca.

Apesar dos efeitos da instabilidade, ele avalia que, com investimento forte, gestão especializada e apoio do quadro social, as cooperativas conseguem se destacar. "Desta forma, as cooperativas anteveem crises e, desta forma, aproveitam as oportunidades, pois se lançam cada vez mais seguras em um mercado competitivo e que exige resiliência de todos os envolvidos", detalha Nobile. No País, estão ativas cerca de 6,6 mil cooperativas, totalizando 13,2 milhões de cooperados e 378,2 mil empregos diretos.

Segurança jurídica
Apesar dos desafios que o modelo tem pela frente, algumas vitórias alcançadas ao longo da história do cooperativismo no Brasil possibilitam o fortalecimento da ideia no País, a exemplo da criação da Lei nº 12.690, que trata das cooperativas de trabalho, sancionada em 2012. "As nossas vitórias na regulamentação do cooperativismo reduziram muito a insegurança jurídica, com a Lei das Cooperativas de Trabalho e o reconhecimento por parte de órgãos como o Banco Central, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)".      Fonte: Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário