Moradores de duas
cidades da Região do Cariri estão sofrendo com as consequências dos recentes
ataques contra agências bancárias. Para sacar dinheiro em Nova Olinda, a
população recorre as lotéricas e correspondentes bancários. “Muita coisa.
Prejudica muita coisa. Para resolver qualquer coisa temos que ir em outra cidade.
Ir para fora daqui”, lamenta a aposentada Aparecida Ferreira.
Além da insegurança
dentro da cidade, há também nas estradas. Por causa do problema muitos idosos
têm que pegar transportes alternativos para se deslocarem para outras cidades
para sacar a aposentadoria. Os assaltos nas rodovias são frequentes. “Aí é o
que acontece? Assaltos nas topics. Maioria do pessoal que é aposentado na
cidade tem que receber em outro município. Pessoal vai e pratica os assaltos”,
diz o auxiliar de produção, Marcone Nunes.
A aposentada Gorete de
Oliveira reclama da dificuldade de pagar as contas e das longas filas que tem
que pegar. “Tem que procurar outra coisa melhor porque senão cortam a água da
gente e a energia”, diz.
![]() |
A
agência bancária de Nova Olinda foi explodida por criminosos em julho de 2017.
No momento o banco passa por reformas e não há nenhuma informação sobre quando
ela vai voltar a funcionar. (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
|
A agência
bancária de Nova Olinda foi explodida por criminosos em julho de 2017. No
momento o banco passa por reformas e não há nenhuma informação sobre quando ela
vai voltar a funcionar.
O problema se
repete na cidade de Santana do Cariri. Um dos bancos do município foi
alvo dos bandidos em março de 2018. Sem banco, o agricultor Gilberto Alves usa
o aplicativo para poder resolver problemas bancários. “Se não for pelo
aplicativo só se eu for para o Crato ou Juazeiro do Norte. Para cidades mais
próximas”.
Queda nas vendas no
comércio
Existe outro banco no
município, mas funciona só até as 18 horas. Com os recentes ataques contra
bancos na cidade, o comércio sente as consequências. Sem dinheiro circulando a
movimentação nas lojas caiu cerca 30%, de acordo com alguns comerciantes.
"Sem banco e sem
dinheiro circulando a movimentação caiu mais ou menos uns 30%. As pessoas vão
resolver as coisas em outro local", relata o comerciante, Wilton Tomaz. Fonte: G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário