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| Inspeção apontou que R$ 7,7 mi em patrimônios públicos estavam sem tombamento ou com registros incompletos. (Foto: reprodução/ Jornal do Cariri) |
Segundo uma Inspeção Ordinária realizada entre os dias 11 e 15 de
abril de 2016, foram identificadas irregularidades em setores contábeis e
administrativos da gestão. Os técnicos do TCM identificaram falhas em processos
de licitações, falta de controle no fornecimento de combustíveis,
irregularidades no transporte escolar, além de contratações de pessoal em
desobediência à Lei.
Uma sucessão de irregularidades na concepção e muitas
falhas na execução do setor de Controle Interno da Prefeitura chamaram a
atenção da fiscalização. Segundo o relatório do TCM, mais de R$ 7,7 milhões em
patrimônio móveis e imóveis estavam sem tombamento ou com registros
incompletos.
A situação deixou vulnerável todo o acervo da Prefeitura, que hoje
encontra-se com frotas de veículos sucateadas, equipamentos em estado de
desmonte e prédios deteriorados.
Para a inspeção, a Comissão fez análise dos
documentos disponíveis nos diversos setores administrativos, da contabilidade,
das licitações, de arquivos da Prefeitura, além de declarações colhidas ‘in
loco’. Houve, ainda, vistoria em prédios públicos e bens da Prefeitura.
Sobre o
Controle Interno, a Comissão concluiu que o setor não foi devidamente
implantado e seu funcionamento descumpria a Constituição Federal (artigos 74 e
75 da Constituição Federal, Art. 80 da Carta Magna Cearense e nos artigos 75 a
80 da Lei Federal nº 4.320/64 deste Tribunal).
A ausência do Controle Interno
promoveu descontrole em vários setores e serviços da Prefeitura. Os técnicos do
TCM citaram, entre outros, a falta de registro das quilometragens constantes
nos hodômetros dos veículos, bem como nos horímetros das máquinas, no momento
de cada abastecimento. A ausência de controle sobre os abastecimentos favoreceu
a ocorrência de prejuízos ao Erário.
Além disso, a Prefeitura alugou diversos
veículos para várias secretarias, através do Pregão Presencial (nº 0503.01/2013),
onde não havia dispositivo que determinasse a obrigatoriedade do abastecimento
por conta da Contratante.
Nepotismo
Durante a fiscalização do TCM foram
identificados casos de nepotismo, acúmulo de cargo com remuneração abaixo do
salário básico mínimo legal, o que não é permitido pela Constituição Federal.
Um dos casos de nepotismo citados pela fiscalização foi o da mãe da prefeita, a
médica Maria Dalva de Abreu Machado, que atendia no PSF local.
Dalva foi
aprovada em seleção pública, mas estava fora da folha de pagamento, aparecendo
como prestadora de serviços e com remuneração bem acima da média. Os casos
foram encaminhados ao Ministério Público do Estado para análise e a ex-prefeita
pode responder por improbidade administrativa.
Fonte: Jornal do Cariri

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