Sobral. O sargento da Polícia Militar George de Sousa e Silva teve morte encefálica confirmada às 15h de ontem, na Santa Casa de Sobral, onde havia dado entrada vítima de disparos de arma de fogo. O atentado à bala contra o PM ocorreu na frente da Casa do Albergado de Sobral, onde o policial dava plantão, no fim da noite de segunda-feira (14). De acordo com a Polícia, dois homens chegaram a pé e atiraram contra o sargento da PM, de 40 anos.
George foi atingido no tórax, fêmur e no punho. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e conduziu o PM à emergência da Santa Casa de Misericórdia. Na unidade de saúde, o militar, que era pai de três filhos, fez exames de imagem e seguiu para o Centro Cirúrgico, sendo depois encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
George sofreu três paradas cardíacas após a retirada dos projéteis e morreu. De acordo com o tenente PM Paulo, que acompanhou o caso, "o projétil, que atingiu o tórax, perfurou o estômago, fígado, baço e uma parte do diafragma. Esta cirurgia foi feita com sucesso, mas a bala alojada na perna causou um grande inchaço que impedia a circulação do sangue".
Um procedimento foi feito nessa região para expandir os músculos do membro atingido, para facilitar a circulação. Isso poderia aumentar as chances do sargento não perder a perna", disse. Ainda segundo o tenente, após esse procedimento, a equipe médica aguardava alguma melhora para que sargento fosse transferido ao Hospital Regional Norte para uma análise vascular. No entanto, o militar morreu após as intervenções cirúrgicas.
Estrutura
A Casa do Albergado de Sobral, ligada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) acolhe, para pernoite, homens e mulheres que estão no regime aberto (aos fins de semana) e semiaberto (a semana toda), provenientes do Sistema Penitenciário. O prédio está localizado no Bairro Dom Expedito, periferia da cidade.
A unidade, que atende muito além de sua capacidade, conta com sete alojamentos e uma área aberta, também utilizada pelos albergados, que ocupam o espaço com colchões e redes para dormir. Durante a semana, cerca de 180 homens passam pelo local todos os dias.
Para um dos agentes, que trabalha no local e não quis ser identificado, "nós temos albergados de vários bairros aqui da cidade, e muitos deles são inimigos; então a questão da segurança pode se tornar difícil, mesmo com dois policiais que se revezam todos os dias", disse. A reportagem apurou que o crime poderia ter sido encomendado por um interno da própria Casa de Custódia, residente no mesmo bairro, e que o alvo seria um subtenente.
A SSPDS também lamentou a morte do PM George Silva e se solidarizou a familiares e amigos da vítima. "As forças policiais não medirão esforços para prender os suspeitos do homicídio do policial. As investigações sobre o caso estão sendo efetuadas, visando a identificação e captura dos envolvidos no delito", afirmou a Pasta.
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