O governador do Ceará, Camilo Santana, se manifestou ontem sobre o afastamento de Dilma Rousseff do cargo de presidente da República. O petista afirmou, em sua página no Facebook, que nunca teve dúvidas da "idoneidade" e dos "bons propósitos" da mandatária e que continuará a defender a democracia.
"Mesmo contrário a algumas medidas tomadas pelo governo (federal), nunca tive dúvidas da idoneidade e dos bons propósitos da presidenta Dilma. E fiz isso pelo senso de justiça, e não apenas movido pelo sentimento de gratidão por um governo que muito fez pelas classes excluídas de nosso País, sobretudo do Nordeste sofrido, como nunca nenhum outro governo fez até hoje em nossa história".
Camilo afirmou, ainda, que acompanhou a decisão do Senado Federal que afastou Dilma e ressaltou que, durante todo o processo de impeachment, vem procurando expressar sua posição. O governador reforçou também que nunca escondeu suas posições e sempre foi em busca da Justiça, da democracia e do respeito ao Estado de Direito.
A admissibilidade no Senado do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff, aprovado na manhã de ontem, foi o assunto mais debatido entre os deputados cearenses na Assembleia Legislativa. Aliados e oposição do governo petista se pronunciaram em discursos ou apartes.
Assembleia
Entre os apoiadores do afastamento, Fernando Hugo (PP) foi o responsável pelo pronunciamento mais inflamado. Ele disse sempre ter alertado, na tribuna da Casa ou em conversas informais nas suas bases eleitorais, que "o desgoverno" petista levaria o Brasil ao "estado caótico" presenciado nos dias de hoje.
O líder do PT na Assembleia, Elmano Freitas, disse que a alegria de colocar um traidor na Presidência seria a tristeza dos mais pobres. "A desfaçatez é muito grande. Alegam que a presidente precisa sair do cargo porque assinou decretos remanejando orçamentos, mas o vice-presidente assinou da mesma forma. Para ela, a prática é ilegal, mas para Temer não há ilegalidade".
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