Entre os meses de janeiro e outubro deste ano, foram realizados 1.183 transplantes. Número maior que os 1.163 procedimentos que aconteceram em igual período do ano passado, de acordo com informações da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Agora, ficam faltando 217 cirurgias para que o recorde de 1.399 transplantes, alcançado em 2015, seja ultrapassado.
A coordenadora da Central de Transplantes da Sesa, Eliana Barbosa, explicou que o crescimento aconteceu principalmente nos meses de setembro e outubro, após um primeiro semestre de números abaixo do esperado.
"Acreditamos que as campanhas Doe de Coração e Setembro Verde ajudaram a modificar a situação. Com essas iniciativas mostrando a importância da doação, a população fica mais esclarecida e, desta forma, todos se mobilizam ainda mais", disse a coordenadora.
A quantidade de transplantes no Estado voltou a crescer no segundo semestre, com números sempre maiores do que os do ano passado nos meses de agosto, setembro e também outubro.
De janeiro até outubro foram realizados, neste ano, mais transplantes de córnea, medula óssea e valva cardíaca que em 2014; e o mesmo número de transplantes de coração e rim/pâncreas.
A elevada taxa de recusa familiar, da ordem de 44% das entrevistas realizadas, era o principal motivo para a diminuição no número de procedimentos, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos e Tecidos (ABTO). No Estado, por exemplo, de janeiro a junho, 64 recusas familiares foram registradas, 43% do total, em 150 entrevistas para captação de doadores no semestre.
Agora, a expectativa é de superar os números de 2014. "Todos os anos, o nosso objetivo é conseguir um número pelo menos 10% maior que o anterior".
No entanto, será necessário melhorar a quantidade de doações de córnea, destacou Eliana. Hoje, o Ceará é o 4º em número de procedimentos no Brasil, mas ainda existem cerca de 500 pessoas na lista de espera. "Atualmente, temos um tempo médio de seis meses para o transplante. Queremos diminuir para até dois meses", detalhou.
Solidariedade
Doar órgãos é um ato de solidariedade. Pensando neste e em outros pontos, a Fundação Edson Queiroz lançou o Movimento Doe de Coração, que fomenta a conscientização pela doação voluntária de órgãos no Ceará.
Neste ano, a iniciativa chegou à sua 13ª edição. Realizada todo mês de setembro, a campanha sensibiliza a sociedade sobre a temática através de anúncios em veículos de comunicação, distribuição de cartilhas, cartazes e camisas. Há ainda a mobilização em hospitais públicos e privados, clínicas, escolas, no Sistema Verdes Mares, na Universidade de Fortaleza (Unifor) e em outras grandes entidades.
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