sábado, 10 de fevereiro de 2018

Plano de saúde do Estado terá contrapartida dos servidores

MAIA diz que o Ceará é o único estado do País a não
cobrar contrapartida no plano. (Foto: JÚLIO CAESAR)
O Governo do Ceará vai passar a cobrar contrapartida dos servidores do Estado para manter o plano de saúde. Os percentuais ainda não foram definidos, mas a ideia é que o Estado também aumente o aporte de recursos, no Instituto de Saúde dos Servidores do Ceará (Issec), dos atuais R$ 100 milhões por ano para R$ 120 milhões. O projeto de lei que regulamenta a reestruturação do Instituto deve ser encaminhado para Assembleia Legislativa do Estado logo após o Carnaval.

Ontem, foi realizada reunião do secretário estadual do Planejamento e Gestão, Maia Júnior, com a comissão de servidores que está debatendo o tema. Ele explica que a proposta de reestruturação do Issec com contrapartida dos usuários veio dos próprios sindicatos.

“O Ceará é o único estado do País que não realiza cobrança dos servidores pelo atendimento na área da saúde. E o que queremos é o que o servidor quer: melhorar a assistência médica, em gestão compartilhada com servidores, para ampliar a oferta de serviços e o volume de atendimentos”, explica.

Hoje, não há um número fechado de beneficiários. Em tese, seriam todos os servidores, pensionistas e seus dependentes. O que daria um contingente aproximado de 127 mil usuários.

Porém, o vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Sindagri), Dimas Oliveira, membro da comissão que está negociando com o Estado, diz que nem 10% disso consegue ser atendido. “A gente não consegue marcar consultas, exames. Hoje, somente funciona urgência e emergência e quem consegue ganhar uma ação na justiça”, critica.

Um estudo feito pela comissão de servidores (formada por representantes dos sindicatos) concluiu que para assegurar atendimento de qualidade para os beneficiários em todo o Estado é necessário um investimento mensal de R$ 145 por vida. O que daria um gasto total de R$ 38 milhões por mês para cobrir 240 mil usuários. Em 2017, o valor per capita aportado foi de apenas R$ 40 por pessoa.     Fonte: O Povo

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