quinta-feira, 1 de maio de 2025

CPRH e Fundação Araripe projetam plantio de 500 mil mudas de espécies nativas da Caatinga

Foto: Tarciso Augusto/Semas

Bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga ocupa cerca de 70% do território do Estado de Pernambuco. Em uma iniciativa pioneira, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE), e a Fundação para o Desenvolvimento Sustentável do Araripe (Fundação Araripe) realizarão o plantio de 500 mil mudas de espécies nativas do bioma como parte do Projeto ‘Reflorestando Unidades de Conservação (UCs) e suas Zonas de Amortecimento para Restaurar a Biodiversidade e Fortalecer as Iniciativas Socioprodutivas da Caatinga’. A iniciativa foi selecionada por meio do Edital Caatinga.


A iniciativa faz parte do Programa Plantar Juntos, criado pela Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas-PE) e que tem como meta ampliar a cobertura vegetal nativa de Pernambuco e a qualidade de vida dos cidadãos, por meio da recuperação e da conservação do meio ambiente. Como consequência da transformação da estrutura socioambiental, o programa vai promover a conservação da biodiversidade do estado e a mitigação das mudanças climáticas.


“O Governo de Pernambuco está investindo em iniciativas de recuperação de áreas degradadas do semiárido pernambucano, por entender a importância do bioma Caatinga para a sociedade e para o meio ambiente. Essas ações sustentáveis em Unidades de Conservação e nas suas respectivas Zonas de Amortecimento, em especial, oportunizam a reabilitação do ecossistema nativo e promovem uma atmosfera mais saudável para os residentes de Pernambuco. Com as práticas orientadas para o reflorestamento nas áreas protegidas, Pernambuco avança no compromisso com a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas“, comentou o diretor-presidente da CPRH, Anchieta Santos.


Cerca de 200 mil famílias produtoras rurais que vivem em Pernambuco têm propriedades na região da caatinga, em sua maioria no Interior do Estado. Essas áreas enfrentam desafios relacionados ao clima semiárido e à escassez de água, mas que também desempenham um papel importante na produção agrícola e na conservação do bioma.


“Os produtores familiares rurais têm a caatinga como fonte de renda e de geração de alimento, tanto para fins humanos quanto para animais. A pecuária extensiva é uma das principais atividades desenvolvidas na região, junto com a apicultura, meliponicultura e o extrativismo, o que torna a Caatinga um bioma com necessidades urgentes de seu manejo“, afirma o coordenador-geral do projeto e diretor técnico da Fundação Araripe, Francisco Campello.


Somente neste primeiro ciclo, serão plantadas mais de 280 mil mudas, produzidas em sete viveiros. Deste total, 45 mil já foram plantadas, distribuídas em seis unidades de conservação: APA Chapada do Araripe, Floresta Nacional Negreiros (Flona Negreiros), Mata da Pimenteira, Parque Nacional do Catimbau e Parque Estadual Serra do Areal.


Restauração


Dentro deste contexto, o projeto atuará por meio da restauração de 11 das 15 UCs do Bioma Caatinga localizadas em Pernambuco, totalizando 370 hectares. Suas ações incluem o plantio e monitoramento de 500 mil mudas florestais nativas do bioma, com o intuito de conservar a biodiversidade, garantir os serviços ecossistêmicos, impulsionar a sociobioeconomia local, impactando a geração de renda e fomentando a segurança social, alimentar e hídrica das famílias participantes. Mais detalhes podem ser conferidos no link.


Com informações do Blog do Carlos Britto

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