
Acaraú- A chuva voltou a cair na região Norte, nesta segunda-feira,13. De cordo com os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as cidades de Acaraú (80.4 mm), Coreaú (58. 4 mm), 46.0 mm), Ipu (42.0 mm) e Meruoca (37.0 mm), na região Norte, figuram na lista das dez maiores chuvas do dia; mas nada comparado ao que ocorreu no final de semana, quando as precipitações se fizeram presentes em todo o Estado, sangrando pequenas barragens e causando transtornos em alguns municípios. Em Icapuí, na microrregião do Litoral de Aracati, 216 milímetros, registrados entre o sábado e o domingo, últimos, foram suficientes para causar grandes erosões nas dunas, provocadas por fortes correntezas. A água também invadiu casas e alagou ruas, impedindo a passagem de pessoas e de veículos em diversos pontos que se tornaram críticos.
Precipitações
Além de Acaraú, os postos do Litoral Norte também informaram chuvas em Moraújo (46.0 mm), Meruoca (37.0 mm) e Acaraú (35.0 mm); No litoral do Pecém, com Itapipoca (27.0 mm), Irauçuba (11.0 mm) e Trairi (7.0 mm); além dos registros dos postos da Ibiapaba, com maiores precipitações nos municípios de Ipu (42.0 mm), Ipaporanga (25.0 mm) e Cariré (21.0 mm). No total, 63 municípios cearenses foram banhados pela chuva nesta segunda-feira, com dados colhidos até agora há pouco, às 13h10.
Zona e Convergência
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema meteorológico indutor de chuvas no Ceará, atua, principalmente, durante a quadra-chuvosa, nos meses de fevereiro, março, abril e maio. Este ano, a ZCIT já se aproximou do Estado, não agindo diretamente, mas influenciando em algumas precipitações registradas em janeiro. E foi justamente este sistema, associado a uma forte nebulosidade que fez com que o ar quente e úmido ascendesse, carregando umidade do oceano para os altos níveis da atmosfera, causando a formação das nuvens, o que gerou precipitações em todas as regiões do Ceará.
Chuva
De acordo com Raul Fritz, meteorologista da Funceme, “ essa chuva intensa em Icapuí, se deu por conta da aglomeração de ‘Cumulus Nimbus’, tipo de nuvem com grande volume, responsável por provocar chuvas de grande intensidade. “Como a Zona de Convergência continua atuando sobre o estado, a tendência é termos precipitações cada vez mais fortes, ao longo do mês, mas com alguns intervalos de escassez. O que é normal para o período, historicamente falando”, disse.
Em relação a influência das chuvas dos últimos dias sobre a recarga dos açudes no Estado, o meteorologista falou que um estudo feito pela Funceme junto ao Portal Hidrológico do Ceará, mostrou que devido a situação crítica em que se encontram, principalmente, os maiores reservatórios, “seria necessário chover por dois meses seguidos, quase que diariamente, para que as bacias hidrográficas pudessem atingir um volume de acúmulo de água satisfatório, o que não tem ocorrido”, finalizou. Para esta segunda-feira, a previsão da Funceme é que ao longo do dia haja nebulosidade variável com chuvas isoladas na região Norte, com possibilidade de chuvas isoladas no centro-sul. Já para essa terça, 14, a expectativa é de nebulosidade variável com possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões cearenses ao longo do dia.
Açudes
Com as fortes chuvas que tomaram conta do Estado nesse fim de semana, alguns açudes começaram a dar sinais de aporte hídrico, mesmo que de forma insignificante, considerando a estiagem que se abateu sobre o estado, nos últimos cinco anos de estiagem. O Portal Hidrológico do Ceará, neste domingo acusou aporte de 28 reservatórios, com destaque para os Açudes Angicos, Aracoiaba, Araras, Arneiroz II, Castanhão, Edson Queiroz e Jaburu I, na Serra da Ibiapaba. Nos 153 municípios monitorados pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), o volume atual é de 1,16 bilhão de metros cúbicos, ou seja, de 6,22%, de uma capacidade total de 18,64 bilhões de metros cúbicos.
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