Iguatu. Moradores de áreas rurais entre os municípios de Jaguaribe e Solonópole, no Sertão Central, estão assustados com a sequência de tremores de terra neste mês. Na manhã desta segunda-feira, a terra voltou a sacudir na região. O abalo sísmico foi registrado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) e ocorreu às 6h48, com magnitude estimada em 3.9 graus na Escala Richter. Foi o maior já observado na área.
No sábado passado (12), foi registrado outro tremor na mesma região, com magnitude 2.3. Os dois eventos foram também observados pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Labsis/UFRN). Amanhã (quarta-feira), o técnico em sismologia do Labsis, Eduardo Menezes, visita a localidade de Nova Floresta e irá instalar um sismógrafo para acompanhar e analisar a sequência de tremores no local.
Menezes chegou ontem ao Ceará e adiantou que irá desativar uma das estações em Irauçuba e transferir para Nova Floresta, em Jaguaribe. "A estação que temos mais próxima fica em Pedra Branca e registrou mais de 20 tremores nos últimos dias, de pequena intensidade. Havia estações em Jaguaribara para acompanhar tremores no Açude Castanhão, mas foram desativadas porque o Dnocs não renovou o convênio com a UFRN", disse.
O clima entre os moradores de Nova Floresta e de sítios vizinhos é de preocupação. Segundo o programador musical Fabrício Figueiredo, a população está assustada. O tremor observado na manhã de ontem provocou rachaduras de reboco de uma casa e derrubou mercadorias de prateleiras de dois mercadinhos locais. "Estava dormindo, mas acordei com o estrondo e a porta tremendo", contou Figueiredo.
No domingo (6), por volta das 17h30, houve dois tremores seguidos, de magnitude 3.1. E 3.4, sentidos em Nova Floresta, Feiticeiro e outros sítios. Técnicos da Comissão Estadual de Defesa Civil (Cedec) visitaram a região para orientar os moradores.
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