A Política de Desenvolvimento Urbano de Baixo Carbono de Fortaleza foi lançada, na tarde de ontem, pela Prefeitura de Fortaleza. A finalidade é criar politicas públicas para que a Capital produza cada vez menos gases poluentes que aumentem o efeito estufa. Em 2015, foi registrada uma redução de 4%.
Dentre as diretrizes do plano apresentado, o desenvolvimento de uma estratégia transversal para redução das emissões antrópicas de Gases do Efeito Estufa (GEE), implementação de medidas que reduzam a formação de ilhas de calor, promoção da ecoeficiência, priorização de modais não motorizados e da circulação de transporte coletivo, prevenção e o controle efetivos da poluição e disseminação de informações sobre as causas e consequências da mudança do clima.
O prefeito Roberto Cláudio afirmou que, para a redução continuar acontecendo, será feito um aprofundamento dos trabalhos que já estão sendo realizados. "Quanto mais qualificar o transporte público e aumentar a sua demanda, aumentar a procura pelas bicicletas e substituição dos carros e a integração com metrô e VLT, teremos grande diminuição", disse.
O objetivo é conseguir reduzir a emissão dos gases em até 20% nos próximos dois anos, revelou o gestor. "Essa é uma meta ousada. Mas a continuidade e aprofundamento dessas ações vai garantir que possamos bater a meta ou ficar próximo".
Outro trabalho do projeto será o plantio de 35 mil mudas - até o momento, 25 mil já foram plantadas. "Estamos revertendo a queda de cobertura vegetal da cidade. Neste ano, saímos de apenas 4 metros de área verde por habitante para 8 metros".
Garantia
A titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz, afirmou que, ao tornar o projeto uma lei, será possível garantir que a política que vem sendo desenvolvida hoje seja sempre cumprida. "A lei é o grande instrumento que deve ser acompanhado e cobrado, através das futuras administrações, para que a diminuição de emissão de gases poluentes aconteça".
O presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza, Antônio Ferreira da Silva, destacou que desde a implantação da primeira etapa do corredor exclusivo para ônibus Antônio Bezerra/Papicu foram retirados os pequenos coletivos de circulação e, por isso, a quantidade desses meios de transporte circulando pela Capital diminuiu.
"De acordo com os nossos cálculos, nove toneladas de gás carbônico deixaram de ser lançadas, todos os dias, desde que a mudança foi implantada. A expectativa é de que à medida que o restante do corredor for construído esse número diminua ainda mais", frisou Silva.
De acordo com o vereador Evaldo Lima, o projeto chegará à Câmara dos Vereadores em forma de lei, e a expectativa é que até o fim do ano possa ser aprovada. Entretanto, antes será necessário passar por audiências públicas para que a população possa fazer parte e, dessa forma, dar sua opinião.
Durante o evento, foi assinada a Carta do Compacto dos Prefeitos. Esse é um documento do qual participam cidades do mundo inteiro, com o compromisso de desenvolver ações para implantação de trabalhos para reduzir as emissões de gases.
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